Petistas preparam campanha contra TSE se tribunal barrar candidatura de Lula
Olhos no passado Diante das informações de que ministros do TSE buscam uma forma de rejeitar a inscrição de Lula na corrida presidencial de ofício, sem dar margem para discussão, a direção do PT começou a levantar casos de candidatos que disputaram eleições com registros indeferidos e depois, escolhidos pelo voto, reverteram a inelegibilidade. O estudo, conduzido pelo advogado Luiz Fernando Pereira, usa dados a partir de 2002 e vai sustentar a ofensiva retórica do partido nas ruas e nos tribunais.
Barreira O PT sabe que será difícil encontrar apoio à causa, especialmente porque o ministro Luiz Fux, que estará no comando do Tribunal Superior Eleitoral em agosto, quando haverá o registro de candidaturas, já deu declarações que indicam posição contrária à inscrição de Lula.
Por que não eu? Pereira sustenta tese segundo a qual o que existe hoje em relação ao ex-presidente é uma inelegibilidade provisória. Com base no material colhido pelo advogado, o partido produzirá campanhas com o mote “Lula será exceção à regra?”.
Anzol O documento “Encontro com o Futuro”, que o MDB apresentará na terça (22), dedica capítulo ao Nordeste. O texto destacará propostas de valorização da economia e de políticas sociais para a região.
Santo de casa O PSDB enviou na sexta (18) mensagens para todos os tucanos que ocupam cargos eletivos com pedido para que façam doações na plataforma de arrecadação de recursos para a campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB) na internet.
O perigo… Relatório do banco francês BNP Paribas para investidores estrangeiros sobre as eleições presidenciais do Brasil cita o ex-prefeito João Doria como alternativa a Alckmin no PSDB. O informe foi fechado no último dia 15.
… mora ao lado Uma compilação de pesquisas feita pelo banco mostra que Doria tem menos rejeição do que o correligionário, além de pontuar melhor em simulação de segundo turno contra Lula.
Fio de esperança Um ponto a favor de Alckmin, na avaliação do BNP Paribas, é o tempo de propaganda na TV. No documento, a instituição aposta que isso “deve garantir a ele um lugar no segundo turno”.
Menino de ouro O evento em que o juiz Sergio Moro foi homenageado na terça (15) em Nova York foi mais rentável para os cofres da Brazilian-American Chamber of Commerce do que o realizado no ano passado, que teve o então prefeito João Doria como a estrela da noite.
Menino de ouro 2 A presença de Moro, que recebeu o prêmio Pessoa do Ano ao lado do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, atraiu US$ 1,107 milhão em doações para a entidade, US$ 28 mil a mais do que ela conseguiu em 2017. Bancos, escritórios de advocacia e até a Petrobras pagaram por mesas no jantar.
Cristalino Depois de avisar à família que não está disposto a fazer uma delação agora, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, entrou em um acordo com seu antigo defensor, Daniel Bialski. Ele vai renunciar a todos os casos em que representa o ex-diretor da Dersa.
Sinal inequívoco Bialski é um advogado versátil: faz defesas técnicas, mas também delações. A partir de agora, só José Roberto Santoro cuidará das ações em que Paulo Preto é alvo. Ele não faz colaborações e defende tucanos como Aloysio Nunes e José Serra.
Autofinanciamento O ex-deputado Bernardo Santana (PR-MG) disse em jantar na casa do ministro Alexandre Baldy (Cidades), na terça (15), que o presidente do PR, Valdemar Costa Neto, só toparia levar adiante uma candidatura presidencial de Josué Alencar se o empresário mineiro bancasse sua própria campanha.
Moda que pega Santana ficou de falar com Alencar. Henrique Meirelles (MDB) e Flávio Rocha (PRB) ganharam simpatia em seus partidos com a promessa de que bancariam suas campanhas sem dinheiro do fundo eleitoral partidário.
TIROTEIO
Ao correr atrás da pauta de Bolsonaro, Alckmin apequena não só sua intenção de voto, mas também sua estatura política
De Luiz Marinho, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, sobre o tucano ter admitido criar facilidades para porte de armas no campo