‘Vivo as angústias do Brasil’, diz Barroso antes de julgar Lula no TSE

O homem e sua sentença Figura central no caso que vai definir o rumo da eleição e alvo de diversas frentes de pressão, Luís Roberto Barroso, relator do pedido de registro de Lula no Tribunal Superior Eleitoral, deixou escapar um desabafo em meio ao voto de silêncio que fez sobre a ação. “Jamais falo sobre o que vou fazer. No máximo, explico o que já fiz”, disse o ministro que vai guiar a discussão sobre a inelegibilidade do petista. Antes de encerrar a conversa, emendou: “Vivo as angústias do Brasil”.

Hora da verdade O TSE deve discutir nesta sexta (31) se Lula pode aparecer como candidato na propaganda eleitoral. A campanha na TV começa sábado (1º). No esteio dessa discussão, há a possibilidade de a corte antecipar a decisão sobre o pedido de registro do petista na corrida eleitoral.

Perdas e danos Sem o selo de candidato, a participação do ex-presidente será restrita a até 25% do tempo de cada propaganda, o espaço reservado por lei a apoiadores. O PT teme um veto total a imagens do petista, o que só é imposto a quem teve os direitos políticos cassados –e este não é o caso dele.

Veja a primeira inserção de Lula e Haddad para a TV

Para agora Para especialistas, o maior dano que o TSE pode impingir ao partido (além, claro, de tirar Lula da corrida) é determinar que, por ter insistido em registrar um candidato que provavelmente seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o PT não tenha o prazo de 10 dias para indicar outro nome.

Diante das câmeras A defesa do ex-presidente pediu ao Supremo que o julgamento do recurso contra a decisão de negar um habeas corpus a Lula seja presencial, e não no plenário virtual.

Discreto Na segunda (27), Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, liberou o caso para deliberação online. Os ministros poderiam registrar votos entre 7 e 13 de setembro.

Males que vêm para o bem O presidenciável do MDB, Henrique Meirelles, vai explicitar na TV que paga a própria campanha e não usa o fundo eleitoral.

Veja a inserção de Meirelles para a TV

Meu guri O ator Wagner Moura vai apresentar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, na TV. Ele o descreve como alguém com “coragem de enfrentar privilégios e propostas para mudar a vida do povo”.

TréplicaJair Bolsonaro (PSL) vai à Justiça Eleitoral pedir direito de resposta à TV Globo por causa de nota lida no Jornal Nacional, na quarta (29). O texto afirmava que o candidato deu uma declaração “absolutamente falsa” ao dizer que a emissora “recebe bilhões de recursos da propaganda oficial do governo”.

Disse que disse Bolsonaro falou sobre o assunto durante sua entrevista ao telejornal, na terça (28). “Vocês vivem em grande parte aqui de recursos da União, são bilhões que recebe o Sistema Globo de recursos da propaganda oficial”, disse. A Globo rebateu.

Meus números A emissora afirmou que esta verba “corresponde a menos de 4% das receitas publicitárias e nem remotamente chega à casa do bilhão”. O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, cita dados publicados pela imprensa e diz que Bolsonaro pode provar que falou a verdade. Procurada, a Globo não respondeu.

Chumbo grosso O dramático vídeo que vai inaugurar a série de ataques da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) a Bolsonaro está longe de ser a arma mais letal produzida pela equipe do tucano. A peça, que termina com uma bala prestes a atingir a cabeça de uma criança, é fichinha se comparada a outro filme.

Veja o primeiro comercial de Alckmin

Chumbo grosso 2 Segundo aliados de Alckmin, há um vídeo pronto, com menção explícita a Bolsonaro, voltado às mulheres. A intenção da peça é mostrá-lo como agressivo.

Visita à Folha Michael Golden, presidente da WAN-IFRA (Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias), visitou a Folha nesta quinta (30). Estava acompanhado de Vincent Peyrègne, diretor-executivo, e Marcelo Rech, presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).


TIROTEIO

Aprovar uma medida dessas demonstra um grau de descolamento da realidade que só quem tem 4% de aprovação alcança

Da candidata a presidente pela Rede, Marina Silva, sobre Michel Temer ter liberado o reajuste do Judiciário, cujo impacto é de R$ 8 bi