Procuradores da Lava Jato avaliam repactuar acordo de delação de irmãos Batista
A volta dos que não foram Procuradores da Lava Jato avaliam condições para repactuar o acordo de delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, cuja validade está sob análise do ministro Edson Fachin, do STF. Uma tentativa de revisão foi ensaiada dias antes de o procurador-geral, Augusto Aras, enviar ao Supremo recomendação pela rescisão, em novembro. Acabou frustrada. Os procuradores querem garantir que os Batista percam a imunidade, sejam presos, mas as provas obtidas com a colaboração fiquem protegidas.
Força do exemplo A principal divergência é o tempo de prisão. Para o Ministério Público, Joesley e Wesley devem voltar à cadeia, com pena de pelo menos dois anos –punição que os coloque em patamar semelhante ao de Marcelo Odebrecht. A defesa rejeita o encarceramento.
Onde dói Novo desenho está sendo tentado, que incluiria ainda multa adicional elevada, de R$ 2 bilhões aos irmãos.
Dois pra lá A defesa tem argumentado que prefere deixar a palavra final para o Supremo, mas a leitura nos bastidores é a de que há risco de derrota. Segundo relatos, emissários dos Batista teriam procurado o Ministério Público.
Dois pra cá A aposta é que Fachin enfrentará desgaste para validar termo que teve a rescisão indicada por três procuradores-gerais: Rodrigo Janot, Raquel Dodge e Augusto Aras. E, no atual contexto, reafirmar a imunidade dos irmãos poderia ser lida como uma concessão à impunidade.
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