Governo recebe sinais de que perfil de investidor no Brasil mudou e se importa mais com o que fala e faz a classe política
Maré cheia O investidor estrangeiro que olha para o Brasil mudou de perfil e dá mais relevância ao que falam e a como agem Jair Bolsonaro e a classe política. As altas taxas de juros que atraíam os aventureiros de curto prazo ficaram no passado junto com o apetite por ruídos momentâneos. Economistas do governo e analistas privados afirmam que os novos interessados no país querem garantias de que há segurança jurídica e institucional, pois é da estabilidade que dependerá o seu ganho.
Pela boca Nesse contexto, ameaças à democracia, como as declarações de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e de Paulo Guedes (Economia) sobre um novo AI-5, e conflitos com o STF, ocorridos em 2019, afugentam interessados, assim como o aumento das queimadas na Amazônia e disputas com gigantes do agronegócio, como a JBS.
Falso positivo Não que os donos do dinheiro tenham o intuito de disciplinar o país ou defender oprimidos. A avaliação é que eles querem saber se os seus retornos não serão afetados por sanções globais, como a interrupção de exportações em razão do desmatamento da Amazônia, por exemplo.
Fermento Os potenciais compradores de ações de empresas de saneamento, outra possível fonte de ingressos, perguntam se o governo consegue dialogar com o Congresso para aprovar reformas que façam o país crescer mais.
Olhe outra vez A leitura desse cenário foi colhida em recentes missões ao exterior e já foi repassada a ministros e a políticos. Perguntas sobre a Amazônia são recorrentes.
TIROTEIO
O Supremo não precisa de aprovação. Seu dever é o de aplicar a Constituição, mesmo que desagrade a opinião pública
Do advogado Cristiano Zanin Martins, sobre o Datafolha ter mostrado que a reprovação ao trabalho da corte é de 39%
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