Nova sigla de Bolsonaro mescla militarismo e religião; meta é atrair dissidentes de fora do PSL
Vinde a mim Do nome ao manifesto, a identidade do novo partido de Jair Bolsonaro foi concebida para mesclar temas do militarismo com os de religião, num aceno ao que o presidente vê como bases prioritárias. O termo “aliança”, de Aliança pelo Brasil, remete não só a acordos estratégicos, como também à união com Deus. Verde, amarelo e azul vão predominar nas plataformas de divulgação da legenda. E o clã não pretende colher aliados apenas no PSL. A ideia é abrir portas a dissidentes de outras siglas.
Audácia Aliados do presidente, inclusive o filho Eduardo, o 03, propagaram nos últimos dias que o objetivo da legenda é superar o número de deputados que o PFL (hoje DEM) conseguiu eleger em 1998: 106.
Ninguém tasca A intenção de atrair quadros de outras siglas, porém, pode acabar ampliando a irritação de partidos de centro-direita com o governo.
Regressiva Manifesto que apresenta o novo partido foi lido por Bolsonaro em reunião com deputados nesta terça (12). O texto será usado para apresentar o site da nova sigla. A plataforma deve ser lançada semana que vem.
Pescador de homens Bolsonaro começou a sondar ministros do Tribunal Superior Eleitoral sobre a viabilidade da tese que prevê a repartição do fundo partidário do PSL caso ele consiga puxar mais da metade da bancada para sua nova agremiação. Relatou a aliados um aceno positivo.
Meia palavra basta Ao citar Sergio Moro (Justiça) como possível vice em 2022, o presidente sacramentou o entendimento de que o ministro não será indicado por ele ao STF.
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