Ideólogos de estatuto do PSL querem criação de conselho de ética dentro do partido

Entre prevenir e remediar A revelação de uma série de candidaturas de laranjas bancadas com dinheiro público pelo PSL estimulou a ala do partido que trabalha para formular um estatuto e definir novas regras para a convivência na sigla. Vitaminada pela ascensão de Jair Bolsonaro, a legenda outrora nanica busca uma forma de se adequar ao status de gigante da política. O novo manual está na terceira versão e foi apresentado a cerca de dois terços da bancada. Entre as inovações, está a criação de um conselho de ética.

Sem mão do gato Os ideólogos do estatuto —integrantes do grupo de Eduardo Bolsonaro (SP)— querem que o texto, além de estabelecer critérios de apuração e punições a eventuais malfeitos de membros da sigla, ofereça parâmetros para a ocupaçãCancelaro de cargos de direção, tanto na esfera nacional como nos estados.

Não há vácuo A citação a candidatas laranjas que concorreram em Pernambuco, estado de Luciano Bivar, o atual presidente do PSL, despertou, ainda que discretamente, ilações nos bastidores sobre quem poderia assumir o comando da legenda caso ele seja obrigado a se afastar.

Ghost writer A ala mais conservadora do partido de Bolsonaro também discute tirar do papel uma fundação do PSL. A entidade ajudaria a formar militância e a delinear uma coluna vertebral clara de direita nos discursos de quadros da legenda.

Porta fechada Integrantes da cúpula do PSL dizem que, hoje, a chance de o ex-ministro Gustavo Bebianno presidir a legenda no Rio ou sair candidato à prefeitura da capital fluminense é próxima de zero.

Em marcha Entidades que representam policiais civis e federais vão procurar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para falar sobre a reforma da Previdência.

Em marcha 2 Na quarta (20), o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Felix de Paiva, antecipou ao diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, a insatisfação da categoria. “A aposentadoria é a única coisa palpável que o policial tem. O resto é dificuldade no orçamento, no trabalho, e morte”.

Copiou? Ainda na semana passada, Paiva levou recado semelhante à Casa Civil.

Pelas bordas Movimentos sociais que integram a Frente do Povo Sem Medo começam nesta semana uma grande campanha contra a reforma da Previdência. Além de atuação nas redes sociais, com divulgação de vídeos, eles planejam distribuir cartilhas contra as mudanças, de porta em porta, nas periferias do país.

Andar de cima A linha mestra da campanha é o discurso de que a “reforma é uma covardia contra os pobres” e que a mira dos governantes deveria se voltar para o enfrentamento dos muito ricos.

De cima para baixo Artistas serão chamados a dar corpo ao movimento. Haverá ainda um abaixo-assinado contra a reforma. A ideia é, a partir de março, realizar uma série de manifestações de rua, começando pelo Nordeste.

Por que não eu? O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sergio de Lima, enviou ofício ao ministro Sergio Moro (Justiça) no qual questiona o motivo de ele não ter convocado o Conselho Nacional de Segurança Pública para debater antes de enviar o pacote anticrime ao Congresso.

Por que não eu? 2 O conselho é formado por autoridades do governo, entidades de classe e especialistas. Lima diz que alguns integrantes do colegiado tiveram “acesso prévio ao documento” e aponta que, ao não apresentar o texto a todos os membros, Moro excluiu a sociedade civil e a universidade das discussões.

Tim-tim por tim-tim O presidente do fórum também pede acesso aos estudos que subsidiaram o projeto do ministro, “sobretudo aqueles que estimam os custos das medidas e o impacto na atividade policial de prevenção e de persecução penal, bem como nos sistemas prisionais estadual e federal”.


TIROTEIO

Vamos apoiar Cauê Macris. Ou: não vamos apoiar Janaina Paschoal, porque queremos melhorar, não piorar a Assembleia

Do deputado estadual Barros Munhoz (PSB-SP), que rompeu com o PSDB, partido de Macris, sobre a corrida pela presidência da Casa