Em novo gesto ao eleitorado feminino, Alckmin vai levar Ana Amélia à TV

De mulher para mulher A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) vai explorar a imagem da vice do tucano, Ana Amélia (PP-RS), no horário eleitoral. Ela deve estrear nas propagandas na TV e no rádio nesta semana, e a tendência é a de que passe a ser mais acionada pela comunicação. A gaúcha gravou falas relatando dificuldades da infância pobre e também discorrendo sobre o papel da mulher na sociedade. Trata-se, ainda que de maneira menos incisiva, de nova tentativa de atrair o eleitorado feminino à chapa do PSDB.

Vencer pelo cansaço Aliados de Alckmin têm pedido paciência aos que cobram resultados da ofensiva patrocinada pelo tucano na propaganda eleitoral contra o rival Jair Bolsonaro (PSL). Alegam que a audiência está em patamar mais baixo e que é preciso repetir as peças diversas vezes.

Infantaria virtual A equipe de Bolsonaro, por sua vez, prepara contra-ataque ao tucano no terreno que é mais afeito ao capitão reformado: a rede social. Ele fará forte campanha de divulgação do aplicativo “Voluntários da Pátria”, criado para organizar a disseminação de seu conteúdo nas redes.

Infantaria virtual 2 Aliados do candidato do PSL esperam contabilizar 100 mil downloads. Por meio da plataforma, apoiadores vão receber, produzir e propagar conteúdos.

Contagem regressiva O aplicativo já aparece em legenda na propaganda de Bolsonaro no horário eleitoral, mas será alardeado nas redes. Ele prepara um filme para divulgar a plataforma assim que ela for homologada pela Apple.

#pistola Aliados do presidente Michel Temer dizem que ele ficou profundamente irritado com as críticas veiculadas por Alckmin. Ele ligou às 7h30 da manhã aos assessores avisando que iria responder.

Em novo vídeo para Alckmin, Temer enumera ministros do PSDB e diz que levou sigla ‘para dentro do Planalto’; veja:

Amor aos holofotes Integrantes do Ministério Público de São Paulo criticaram o colega Ricardo Manuel Castro, que conclamou promotores a aparecerem do lado dele na coletiva que convocou para anunciar que abriria ação de improbidade administrativa contra Alckmin.

Tem limite A avaliação interna é a de que, com o gesto, revelado pela Folha, Castro expôs a instituição e deu margem às acusações de que o MP politizou sua agenda.

Ponto sem nó O Ministério Público Eleitoral vai esperar o desenrolar dos recursos do PT no STF para pedir a devolução do dinheiro público usado na campanha de Lula.

Ponto sem nó 2 A PGR incluiu a cobrança dos valores na impugnação do registro do petista. Embora o tema não tenha sido abordado pelos ministros do TSE no julgamento, o relator, Luís Roberto Barroso, rejeitou a ofensiva em seu voto e sugeriu que a Procuradoria entrasse com uma nova ação.

Ponto sem nó 3 Na prática, a PGR ganhou tempo. Como a lei não especifica prazo para o recurso, há quem defenda que o questionamento seja feito só depois que Fernando Haddad (PT) for oficializado substituto de Lula.

Então tá A publicação no Painel de notas que informavam que o PT começou a organizar, sem alarde, um ato em Curitiba para sacramentar a troca de Lula por Haddad foi rebatida pela cúpula do partido. “Não há definição ou convocação de nenhum ato para Curitiba!”, disse Gleisi Hoffmann.

Alto calibre Márcio França (PSB), candidato a governador de São Paulo, será ainda mais incisivo nos ataques ao rival João Doria (PSDB). Comercial que vai ao ar nesta quinta (6) usa trecho do programa do tucano para desmoralizá-lo.

Minha versão Doria aparece no filme dizendo que zerou “fila de quase meio milhão de pessoas que esperavam para fazer exames de imagem” em SP. Em seguida, aparecem fotos de reportagens com títulos como: “Doria deixa herança de filas de exame e consulta fora de prazo prometido”.

Siameses Em Minas, Fernando Pimentel (PT) vai atacar Antonio Anastasia (PSDB) vinculando-o a Aécio Neves (PSDB). Dirá que é impossível falar de um sem lembrar do outro.

Veja:


TIROTEIO

Será que o ódio aos detentos que os Bolsonaro reiteram sempre vai ser amenizado a partir de agora?

Do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), sobre os PMs que apoiam a campanha de Flávio Bolsonaro (PSL) e acabaram presos por extorsão