Em cerimônia de posse, novo diretor-geral da PF defenderá diálogo interno e com outros órgãos
Para dizer a que veio Novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia elegeu o mote de sua posse, na segunda (20): a retomada do diálogo, tanto interno como com outros órgãos. No discurso, ressaltará a necessidade de reforço nas investigações e da qualificação de provas. Segundo auxiliares, ele quer fazer da defesa das prerrogativas da Polícia Federal para fechar acordos de delação premiada um dos marcos de sua gestão. O MPF, que é contra, pediu ao Supremo Tribunal Federal que decidisse o impasse.
Conciliação A ação que corre no STF foi ajuizada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Segovia pretende se reunir com Raquel Dodge, a nova chefe do MPF, para tratar do assunto. Em conversa inicial, semana passada, os dois sinalizaram que vão defender os interesses de suas categorias, mas sem litígio.
Meu povo Na terça (21), dia seguinte à posse, Segovia fará reunião para comunicar substituições nas superintendências. Pessoas próximas ao diretor dizem que não haverá “revoada”, mas ao menos 10 dos 27 chefes do órgão nos Estados devem ser trocados.
Lenha na fogueira A decisão da presidente do STF, Cármen Lúcia, de pautar a discussão sobre o foro privilegiado para o dia 23 causou profundo desconforto em ministros da corte. Eles avaliam que o resultado pode acirrar a guerra entre os Poderes e que, sem o quorum integral, é desrespeitoso debater tema tão relevante.
Falta um O ministro Ricardo Lewandowski está de licença médica e não poderá participar das sessões até, ao menos, o dia 26. Por causa disso, vários integrantes do Supremo apostam que nenhum julgamento importante será encerrado até a volta dele.
Fila Além do fim do foro, o habeas corpus de Antonio Palocci também deveria ser julgado nesta semana.
Sem pressa Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária não vão fazer esforço para votar a MP do Funrural na próxima terça (21). O motivo é a falta de apoio de produtores rurais, que querem esperar o STF definir se dará anistia a dívidas acumuladas por eles. Nesta sexta (17), o ministro Edson Fachin pediu vista do caso.
Grife A Associação Brasileira de Frigoríficos contratou o ex-ministro José Eduardo Cardozo para atuar na ação.
Quem dá mais Indicado pelo PP, o Progressistas, para o Ministério das Cidades, Alexandre Baldy (GO) está sendo assediado pelo PMDB. O partido do presidente Michel Temer disse ao deputado que, se ele se filiar à sigla, bancará sua indicação para a pasta.
Marca registrada Líderes do centrão avisaram o Planalto que apoiam o nome de Baldy para o comando da pasta –desde que seja pelo PP.
Mexa-se Se o governador Geraldo Alckmin (SP) continuar esperando que a presidência do PSDB caia em seu colo, corre o risco de deixar de ser opção para a sigla. Como ele não se move, Tasso Jereissati (CE) e Marconi Perillo (GO) decidiram dar um gás em suas campanhas.
Bloco na rua Alckmin (PSDB) embarca neste fim de semana para Pernambuco com programação de candidato a presidente –da República. Terá conversa com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.
Sola de sapato Ciceroneado por Bruno Araújo (PSDB-PE), o paulista participará de um encontro com o PSDB local. Na segunda (20), fará palestra para empresários.
Deu O PT do Rio deve expulsar o deputado estadual André Ceciliano, depois de ele ter votado nesta sexta (17) a favor da soltura de Jorge Picciani (PMDB-RJ) e outros dois deputados da Alerj.
Esticou a corda Ceciliano está suspenso do PT desde maio, quando pautou projeto que aumenta a contribuição previdenciária de servidores.
TIROTEIO
A Alerj tornou-se um antro de cúmplices. Desmoralizam a política e a si próprios. A eleição de 2018 será o momento de puni-los.
DO EX-MINISTRO MARCELO CALERO, sobre a Alerj ter revogado a prisão e devolvido o mandato do presidente Jorge Picciani e de outros dois deputados.
CONTRAPONTO
Traído pelo próprio entusiasmo
O presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Cauê Macris, ressaltou a presença de Geraldo Alckmin, em Americana, sua terra natal, para inaugurar as obras de recuperação da SP-304, nesta sexta (17):
— O Brasil da crise precisa de segurança e o Brasil do desemprego precisa de esperança. E essa será a última vez que o senhor pisa aqui, governador, antes de iniciar a nobre missão de percorrer o Brasil!
Dez minutos depois, Alckmin respondeu:
— Embora o Cauê já esteja fazendo o meu bota fora, eu volto aqui até dezembro para entregar mais 896 casas populares e o terminal urbano de ônibus!