Para vender Correios, governo avalia como resolver possível demissão de 40 mil servidores

Espólio de guerra Um dos pontos que o governo avalia para a venda dos Correios é o que fazer com um contingente de cerca de 40 mil pessoas que possivelmente vão perder o emprego com a privatização da estatal. Em conversas reservadas, executivos de empresas privadas relataram que fariam o mesmo serviço com praticamente a metade do quadro atual de 100 mil funcionários. O governo não pretende absorver os demitidos –teme criar precedente para os expurgos de estatais vendidas no futuro.

Herança maldita Outro complicador é o passivo de cerca de R$ 11 bilhões deixado pelos governos passados no fundo de pensão Postalis e de R$ 3 bilhões no plano de saúde dos funcionários. O governo avalia como tapar o rombo e honrar o pagamento dos que ainda vão se aposentar. Uma das opções é descontar do valor a receber, mas isso será definido no desenho da venda.

Deadline estendido Dada a complexidade e o impacto do tema, a data prevista para a apresentação do formato de privatização ficou para o fim de 2021.

Não entrega A quebra do monopólio dos Correios, como sugere Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem apoio no Executivo, mas a execução não é simples. A avaliação é que alcançaria apenas o setor de cartas –nas entregas, o mercado é aberto– e há dúvidas sobre se as empresas se interessarão em atuar fora dos grandes centros urbanos.


TIROTEIO

Salário mínimo sem aumento real não distribui renda e prejudica o mercado interno ao detonar trabalhadores e produção

De João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força Sindical, sobre o reajuste do piso salarial recompor apenas a inflação de 2019


A coluna Painel agora está disponível por temas. Para ler todos os outros assuntos abordados na edição desta quarta (15) clique abaixo:

Toffoli vai ampliar prazo do grupo de trabalho do CNJ que estuda juiz das garantias

João Doria decide que não adiará vigência de reforma de militares estaduais para 2022

PSDB paulista processa ator José de Abreu por dizer que ‘Doria é podre’

Planalto aguarda estudo do Ministério da Economia sobre subsídio à conta de luz de igrejas