Ameaça de aumento do preço de combustíveis reativa críticas de caminhoneiros contra a Petrobras

De quem é a culpa A ameaça de aumento do preço dos combustíveis, em razão do conflito dos EUA com o Irã, monopolizou as conversas de caminhoneiros nesta sexta (3). Lideranças acionaram ministros e querem levar as queixas diretamente ao presidente Jair Bolsonaro. O alvo é a política de reajustes da Petrobras. A avaliação é que medidas como a tentativa de retirar os radares das estradas não aliviam a categoria, e o problema de fundo, a alta do diesel nas bombas, seguiu a pleno vapor em seu governo.

Orelha quente Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Osmar Terra (Cidadania) foram procurados. A reclamação é que o preço já está alto e qualquer reajuste extra, mesmo que em percentual pequeno, pode entornar o caldo.

Quem te viu Dedeco, uma das lideranças da categoria no Sul, afirma que Bolsonaro perdeu a coragem que dizia ter na campanha eleitoral. “O preço do combustível não pode acompanhar o dólar”, diz.

Sempre ela Chorão, que mobiliza caminhoneiros no Centro-Oeste, afirma que o lucro da Petrobras “é exorbitante” e que a briga contra a política de reajustes da empresa ganhará tração nos próximos dias, com o apoio de motoristas de aplicativos.

Morde e assopra Apesar do alinhamento a Donald Trump, Jair Bolsonaro foi aconselhado por auxiliares a não tomar lado no conflito entre EUA e Irã e a se restringir a condenar ações terroristas que seriam patrocinadas pelos iranianos.

Eu que sei Em entrevista ao Brasil Urgente, o presidente repreendeu o suposto envolvimento do Irã em ataques na Argentina em 1994. Mas diferentemente de Bolsonaro o vizinho não se pronunciou sobre a crise no Oriente Médio.

Roaming O presidente recebeu orientações do chanceler Ernesto Araújo e o assessor especial Filipe Martins, além dos presidentes do Banco Central e da Petrobras. A crise pegou alguns deles no recesso.

Roaming 2 Ernesto Araújo está de férias fora de Brasília e despachou por telefone. Roberto Campos Neto também está fora e Castello Branco, cujo primeiro contato fracassou, como narrou Bolsonaro, retornou a ligação do presidente.

Sem sinal Eduardo Bolsonaro, o filho do presidente que opina sobre política externa, também está de férias e não participou das avaliações.


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