Pregado como via para acelerar novo partido de Bolsonaro, uso de biometria do TSE não deslanchou nem no governo
Casa de ferreiro… A ideia de aliados de Jair Bolsonaro de criar um aplicativo para coletar dados biométricos de apoiadores como alternativa à busca de assinaturas para fundar o partido Aliança pelo Brasil esbarra em entraves tecnológicos. Procuradores lembram que ainda não saiu do papel convênio do Tribunal Superior Eleitoral com o INSS que prevê o compartilhamento do banco de biometria de eleitores para evitar fraudes no seguro social. Uma das razões é a necessidade aprimorar o software da corte.
Corrida… O TSE e o Executivo tentam criar o DNI (Documento Nacional de Identidade) desde 2017. Já neste ano, a corte firmou parceria com o INSS para fazer a prova de vida dos beneficiários comparando suas digitais e retratos da face com os dados do tribunal de 110 milhões de eleitores.
…de obstáculos Os projetos, porém, ainda não deslancharam. Técnicos do governo explicam que o bloqueio de verbas públicas afetou repasses ao desenvolvimento da infraestrutura do sistema da corte que seria usado para colocar as iniciativas na rua. Um piloto do DNI só deve começar a rodar no ano que vem e em até dois estados.
Via expressa Os advogados de Bolsonaro propagam os atalhos digitais como forma de alcançar até março os cerca de 500 mil apoiamentos requeridos para criar o Aliança pelo Brasil. Há dúvidas no TSE sobre os métodos. A viabilidade do uso de assinaturas eletrônicas, com token, será julgada nesta terça (26).
Via expressa 2 Outra opção seria coletar a biometria dos apoiadores de Bolsonaro para que a Justiça Eleitoral checasse as identidades por meio da comparação com seu banco de dados. Quem conhece o TSE, porém, diz que levaria meses para desenvolver esse sistema –e lembra que a prioridade do tribunal agora é a eleição municipal.
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