Promotora obrigada a deixar caso Marielle é pressionada a sair também de grupo que combate crime organizado
Já vai tarde Integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro dizem que a promotora Carmen Eliza foi praticamente obrigada a se afastar das investigações sobre o assassinato de Marielle Franco. Ela foi avisada de que, se não saísse, seria “saída”.
Já vai tarde 2 Eliza virou alvo de pedidos para que deixasse o caso após a divulgação de fotos em que aparece fazendo campanha para Jair Bolsonaro. Novas conexões políticas reveladas em grupos de promotores nesta sexta (1º) ampliaram o desconforto.
Já vai tarde 3 Colegas do Ministério Público receberam fotos em que a promotora aparece em eventos sociais posando ao lado do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).
De enfeite O incômodo com Eliza tornou-se tão grande que há movimento para que ela deixe também o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado. O Gaeco investiga casos de corrupção –e por vezes estes estão atrelados a agentes do governo.
Outro lado A assessoria do procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, enviou nota na qual ele nega haver qualquer desconforto com a atuação da promotora. “A promotora de Justiça Carmen Eliza tem 25 anos de carreira, dedicados, exclusivamente, ao Ministério Público. Sempre agiu com ética, dedicação e responsabilidade, sendo uma das mais destacadas promotoras do Tribunal do Juri da atualidade.”
Outro lado 2 Na nota, o Ministério Público do Rio lembra ainda que os pais de Marielle e a mulher de Anderson manifestaram solidariedade à promotora. “A opção de sair foi de Carmen para evitar que questões políticas contaminassem um caso tão importante.”
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