Aliados de Bolsonaro agem para que ele imponha mudanças na cúpula do PSL; 32 deixariam sigla com ele

Vai ou racha Aliados de Jair Bolsonaro defendem que ele adote uma atitude mais incisiva para impor mudanças na composição da direção nacional do PSL. O presidente quer destinar espaços na executiva do partido a pessoas de sua confiança, mas o comandante da legenda, Luciano Bivar (PE), resiste a fazer algumas mudanças. O grupo mais alinhado ao Planalto diz ter um levantamento que indica que ao menos 32 parlamentares estariam dispostos a acompanhar Bolsonaro, caso ele decida sair do partido.

Plano B Ao mesmo tempo em que amplia a pressão sobre Bivar, esse grupo de conselheiros de Bolsonaro faz estudos para viabilizar alternativas para a migração de deputados e senadores do PSL a outras siglas, mesmo fora do período que garante trocas sem punição partidária.

Bifurcação Os planos incluem desde a mudança para uma legenda que seja fruto da fusão de dois partidos nanicos à criação, do zero, de um novo partido —opção mais trabalhosa e, por isso, com menos chances de ser adotada.

Com quem manda O próprio Bolsonaro consultou especialistas sobre o assunto na tentativa de buscar alternativas.

Meditem Há chances de o Supremo só retomar o debate sobre a tese que será aplicada à decisão que garante a réus o direito de apresentar alegações finais após seus delatores na semana do dia 14 ou mesmo na do dia 21.

Meditem 2 Segundo integrantes da corte, o ministro Luiz Fux avisou que vai fazer um retiro espiritual na semana do Yom Kippur, uma das datas mais importantes do judaísmo. O Dia da Expiação terá início na terça (8) e vai até a noite de quarta (9). Por isso, o quorum não estará completo.

#Gratidão O futuro presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), decidiu nomear como primeiro-secretário da sigla o deputado estadual Gabriel Souza (MDB-RS). O gesto é uma tentativa de contemplar emedebistas gaúchos que ameaçaram uma rebelião contra a ascensão de Baleia ao comando da legenda, mas depois recuaram.

#Gratidão 2 Baleia também contemplou governadores, como o do DF, Ibaneis Rocha, com vagas na executiva. Ibaneis chegou a indicar que disputaria com ele o controle da legenda, mas acabou fechando um acordo após obter a garantia de que teria uma cadeira na diretoria do partido.

Crise conjugal Integrantes da equipe econômica reconhecem, em privado, que o clima no governo entre o ministro Paulo Guedes (Economia) e o Palácio do Planalto não é mais o mesmo.

Crise conjugal 2 Aliados do economista dizem que ele sofre os efeitos da “alavancagem” que fez das próprias pretensões, prometendo atingir metas muito audaciosas num curto espaço de tempo, e agora sofre os efeitos das cobranças por resultados.

Canto coral Como mostrou a Folha nesta sexta (4), Bolsonaro demonstrou incômodo com algumas atitudes do ministro, antes tratado como pilar inconteste de sua gestão. Em reuniões com parlamentares, auxiliares diretos do presidente também têm tecido críticas duras e explícitas ao titular da Economia.

Resolvam-se Há uma tentativa de afastar o governo do impasse que tomou a Câmara e o Senado. As duas Casas disputam quem vai dar a palavra final sobre a distribuição de recursos da cessão onerosa. A ideia é deixar que o debate —e a solução— sejam encaminhados pelo próprio Legislativo.

A dois O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é partidário desse caminho. Ele tem dito que a solução para o impasse virá do diálogo entre ele e Davi Alcolumbre (DEM-AP), comandante do Senado.

Barriga cheia Mesmo com o noticiário de crise econômica e de segurança pública, autoridades do Rio encontram espaço para despachar temas amenos. Recentemente, o governador Wilson Witzel sancionou proposta da Assembleia que declarou o Festival do Quibe da cidade de Italva patrimônio imaterial fluminense.

Bom motivo Já o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), pediu que todos fossem à Casa vestidos de rosa, para uma foto oficial em homenagem do Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama.


TIROTEIO

Se não resolver a cessão onerosa até o segundo do turno da Previdência, será a sessão perigosa! Crise do dia na ordem do dia

Do senador Otto Alencar (PSD-BA), sobre a disputa que se instalou entre Câmara e Senado e agora ameaça o calendário da reforma