Integrantes do CNMP devem recorrer de decisão que arquivou investigação contra Dallagnol

Quem ri por último? Integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público estão determinados a recorrer da decisão na qual o corregedor do órgão arquivou pedido para investigar a conduta do coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. A apuração havia sido solicitada por quatro membros do CNMP. A única dúvida agora é quando o recurso será apresentado ao plenário do colegiado. O mais provável é que o instrumento seja acionado na volta do recesso do Judiciário, em agosto.

Dono do carimbo A intenção é a de o pedido de revisão do arquivamento da apuração contra Deltan seja protagonizado por um dos integrantes do CNMP cuja indicação coube à Ordem dos Advogados do Brasil.

Sem demora O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, arquivou a investigação contra Dallagnol na quinta-feira (27). O procedimento foi aberto após a divulgação pelo The Intercept das primeiras mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa e o ex-juiz Sergio Moro.

Senhor de tudo Nesse sentido, aguardar o fim do recesso do Judiciário é estratégico para a ala que busca aprofundar as apurações sobre os métodos da Lava Jato. Como os desdobramentos do caso têm se dado a conta-gotas, o prazo até agosto abre margem para o surgimento de novos diálogos.

Vício O mesmo cálculo está no horizonte de ministros do STF que devem retomar na volta do recesso o julgamento de habeas corpus em que o ex-presidente Lula acusa Moro de ter conduzido seu processo com parcialidade. “Estamos ‘interceptdependentes’”, resumiu um membro da corte.

Fácil para ninguém Líderes de partidos apostam que os debates em torno da reforma da Previdência vão se desenrolar em meio a forte tensão na Câmara nesta semana. Ao fazer um desabafo sobre as ameaças que vem recebendo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa, foi interrompido por um deputado.

Fácil para ninguém 2 “Se você que tem escolta, blindado e avião da FAB está assim, imagina a gente que não tem”, disse o parlamentar ao democrata.

É demais Paulo Guedes (Economia) entrou em campo para demover o PSL de apresentar emendas ao texto da Previdência. Só a que visava condições mais vantajosas de aposentadoria a policiais teria impacto de R$ 20 bilhões.

Pacote completo Apesar das declarações de Maia em defesa da inclusão de estados na reforma da Previdência, aliados do democrata acham que a conta apresentada por governadores em troca do apoio à medida é salgada.

Pacote completo 2 Eles esperam receber um cronograma de votação de quatro propostas que, juntas, poderiam render R$ 38 bilhões aos estados.

Pacote completo 3 Além da divisão dos recursos do pré-sal, querem rever a distribuição de impostos e pedem autorização para vender receitas futuras no mercado financeiro. Tudo isso, dizem os governadores, deve ser liberado para ajudar a cobrir o deficit da Previdência nos estados. Paulo Guedes (Economia) já disse que é contra.

Tudo como dantes Um analista que se debruçou sobre a última pesquisa CNI/Ibope recomendou cautela aos que avaliam que Bolsonaro vem perdendo capital político. Ele apontou que o presidente mantém o patamar de votos que obteve no primeiro turno. Estaria, portanto, retendo seu eleitorado.

Saída de emergência Secretários e aliados do governador João Doria (PSDB-SP) têm aconselhado o tucano a fugir do clima de disputa eleitoral antecipada e a evitar embates desnecessários com o presidente, sua equipe e seus filhos.

Relembrar é viver O PSDB lança nesta segunda (1º) uma campanha nas redes sociais para enaltecer os 25 anos do real. Segundo o presidente da sigla, Bruno Araújo (PE), o público-alvo da medida são brasileiros com até 25 anos (42% da população) que não viveram a hiperinflação. O partido quer apresentar seu legado a eles.

Chico e Francisco O deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) apresentou emenda à medida provisória que facilita a venda de bens apreendidos de traficantes. Quer que o dispositivo se estenda a milicianos.


TIROTEIO

Essas áreas do Ministério Público têm esses nomes, mas não representam a opinião dos cidadãos e nem a dos policiais

Do deputado Capitão Augusto (PL-SP), sobre as seções de Direitos do Cidadão e Atividade Policial do MPF criticarem os decretos das armas