Governo Bolsonaro prepara ofensiva publicitária para divulgar a ‘Nova Previdência’
A alma do negócio A equipe de Paulo Guedes (Economia) vai colocar na rua, no mesmo dia em que apresentar a proposta de mudanças nas regras de aposentadoria ao Congresso, uma forte campanha de comunicação não só na internet, mas também na TV e no rádio. O grupo que trabalha no projeto diz que nenhum passo será dado sem amparo publicitário. Os motes das propagandas já estão em estágio final de definição. A ideia é esquecer a palavra reforma e apresentar o pacote como “Nova Previdência”.
Script A tese mãe para a campanha de apresentação do projeto de Paulo Guedes é a de que as mudanças vão atingir especialmente os que ganham mais, salvaguardando os pobres. Uma das máximas em estudo diz que a reforma é necessária para garantir a aposentadoria das futuras gerações.
Quem tem boca O cronograma da equipe econômica prevê o disparo da primeira leva de propagandas no dia 19 –data prevista para o envio da reforma ao Congresso. Além disso, Guedes montou um time de técnicos que, como ele, vai viajar o país apresentando o texto a setores do serviço público e do empresariado.
Para gringo ver Há a previsão de uma ofensiva publicitária também na mídia estrangeira.
Vespeiro O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos principais articuladores da reforma entre os políticos, dá sinais de que o governo não vai mexer na aposentadoria dos trabalhadores rurais.
Que rei sou eu O ministro Sergio Moro (Justiça) recusou pedido do Instituto de Garantias Penais (IGP) para fazer um debate público com a sociedade civil sobre seu pacote anticrime.
Que rei sou eu 2 Em ofício, o ministério disse que não é obrigado a fazer o evento; que o tema ainda será objeto de ampla discussão no Congresso; que há pressa, já que a proposta consta das prioridades para os 100 dias de governo Bolsonaro; e que o texto já está na Casa Civil.
Marca registrada Segundo pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros, Luís Roberto Barroso, do STF, foi o segundo nome mais citado por juízes de primeiro grau como “referência no Direito brasileiro”. À frente dele, só Pontes de Miranda (1892-1979).
Chama a cavalaria Integrantes do Planalto pediram a líderes de partidos alinhados a Bolsonaro que indiquem nomes de deputados para as funções de vice-líder do governo na Câmara e no Congresso. A meta principal é reforçar o trabalho do Major Vitor Hugo (PSL-GO), titular do posto entre os deputados.
Sem mágoa Em busca de apoio dentro da própria legenda, Hugo organizou um jantar de confraternização com parlamentares do PSL.Alvo de um boicote na semana passada, o líder do governo na Câmara telefonou até para quem o criticou publicamente.
Um na mão Depois que Hugo buscou guarida entre militares que atuam no Planalto, dirigentes do PSL mudaram o tom. Dizem que, se ele cair por falta de apoio da própria sigla, há o risco de que nenhum outro nome da legenda seja alçado à função.
Rosa x Azul O deputado estadual Frederico D’Ávila (PSL-SP) diz que membros do partido de Bolsonaro em SP querem se concentrar em pautas conservadoras no início da legislatura. Um dos projetos, afirma, vai pregar a proibição de banheiros unissex, chamados por ele de sanitários “trans”.
Culpa do banheiro A PUC-SP e a USP, por exemplo, têm sanitários unissex. De acordo com D’Ávila, esses espaços impulsionam “a promiscuidade e a facilitação do estupro”.
Anéis e dedos Integrantes da cúpula do MEC indicaram a entidades da área que não pretendem abrir novos editais do programa de incentivo às escolas de ensino médio de tempo integral.
Anéis e dedos 2 A ideia da pasta é turbinar outra iniciativa, o Mais Educação, que aumenta o número de horas de atividades nos colégios.
TIROTEIO
Problema institucional é o Poder Judiciário ser lento, caro, burocrático e pouco transparente, como é o cenário de hoje
Do senador José Antonio Reguffe (Sem partido-DF), sobre os colegas que desistiram de apoiar a CPI do Judiciário para evitar um embate