Presidente do PP comunicou rompimento a governador de SP por WhatsApp

Escrito em papel de pão O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), soube do mais duro revés já imposto aos seus planos de reeleição por mensagem de WhatsApp. Foi em um texto curto que o presidente do PP paulista, Guilherme Mussi, avisou que estava rompendo aliança anunciada na semana passada e, de quebra, aderindo à campanha do principal rival do pessebista: João Doria (PSDB). A guinada fez até desafetos do tucano admitirem que é real a possibilidade de ele liquidar a disputa no primeiro turno.

Beijo,me liga No texto, Mussi alegou não ter certeza de que o governador pudesse cumprir compromissos —leia-se promessas de cargos— que assumiu com o PP. Os dois só falaram pessoalmente na noite desta quinta (21).

Sorriso amarelo O presidente nacional do partido, Ciro Nogueira (PP-PI), ficou constrangido com a reviravolta. Ele viajou a SP para posar para a foto que oficializou a adesão a França na semana passada.

Desgraça alheia Doria não disfarçou sua satisfação. Diante da afirmação de que a mudança do PP representou um duplo twist carpado na corrida estadual, rebateu: “Triplo”.

Tem quem queira Apesar das negativas, tucanos e caciques do MDB têm, sim, falado sobre a eleição presidencial. Romero Jucá (MDB-RR) desmarcou encontro com Marconi Perillo (PSDB-GO) nesta quinta (21), mas o coordenador político de Geraldo Alckmin (PSDB) não perdeu tempo. Papeou com Eunício Oliveira (MDB-CE).

Sobe A prisão de Laurence Lourenço, ex-secretário de Transportes de Alckmin, elevou a outro patamar a pressão exercida pelo Ministério Público e pela PF sobre o tucano. O alvo era homem de confiança de Saulo de Castro, braço direito do ex-governador.

Alô, testando Laurence trabalhou na Kroll, agência de inteligência já citada em escândalos de monitoramento ilegal. Por isso, diversos secretários de Alckmin se sentiam desconfortáveis em falar com ele. Havia temor de grampos.

Nome novo Laurence e os outros 14 alvos da PF foram presos temporariamente para “colheita de provas” e “apuração mais ampla”. Quem entende do riscado diz que esse era o argumento clássico para coercitivas —proibidas pelo STF.

Papel passado As defesas de Lula e Fernando Bittar vão pedir para Sergio Moro anexar ao processo sobre a propriedade e as reformas no sítio de Atibaia depoimento de um eletricista que foi tomado por procuradores, sem advogado, ainda em 2016.

Aviso Um parente do eletricista gravou parte das perguntas. Os investigadores dizem que todo mundo está falando que a propriedade é de Lula e perguntam o que o homem sabe sobre o assunto e se ele trabalhava no local.

Aviso 2 Diante das negativas —o eletricista alegava não saber de nada nem trabalhar no local— um dos procuradores diz que ele pode ser inquirido formalmente e um segundo investigador atalha a conversa: “Se a gente chama para falar oficialmente (…) e apresenta uma série de documentações, aí fica ruim para o sr.”.

Nada consta A força-tarefa da Lava Jato diz que a abordagem foi legal e que órgãos como o Conselho Nacional do Ministério Público já arquivaram queixas sobre o assunto.

Foi O ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, baixou à Justiça Federal do DF todos os processos de seu gabinete contra o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT) —cinco inquéritos e uma ação penal.

Todo ouvidos  Nesta semana, foram ouvidas pelo menos 10 testemunhas na ação penal contra o petista. Os depoimentos serão aproveitados pela primeira instância.

Carnê vencido Ex-jogador da seleção brasileira, Luís Fabiano foi acionado pela Secretaria de Fazenda de São Paulo para regularizar sua situação fiscal. O jogador devia R$ 48 mil de IPVA de uma Porsche. O pagamento caiu nos cofres do estado na semana passada.


É rouboanel ou Rodoanel? Paulo Preto e Lourenço podem esclarecer enquanto o tema não chega na alta plumagem tucana

Do deputado Nilto Tatto (PT-SP), sobre operação da PF que prendeu o ex-secretário de Transportes de Alckmin Laurence Lourenço