Ministros aconselham Cármen Lúcia a votar ações sobre auxílios no atacado
No atacado Ministros do STF aconselharam a presidente da corte, Cármen Lúcia, a separar uma semana de sessões no mês de março para julgar todo o pacote de ações que questionam o pagamento de auxílios e subsídios à magistratura e outras categorias do funcionalismo. Só assim, dizem, seria possível estabelecer regramento amplo que cesse o intenso desgaste causado pelo debate do pagamento dos chamados penduricalhos a juízes. A ministra ouviu a tese, mas não deu resposta sobre o assunto.
Espalhados Há processos sobre gastos com auxílios nas mãos de diversos ministros, como Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Dia D Na sessão da primeira turma do Supremo desta terça (6) será possível conferir não só o voto de Moraes sobre a prisão após condenação em segunda instância, mas também o de Rosa Weber. A ministra, que foi contra a medida no julgamento que firmou a posição da maioria do STF, tem sinalizado que mudou de posição.
Meu tempo Cármen Lúcia, que vetou a posse de Cristiane Brasil (PTB-RJ) no Ministério do Trabalho, não deu pistas aos colegas sobre quando pretende decidir o caso.
Pagar o pato O impasse a respeito da nomeação da deputada petebista começou a corroer o apoio da bancada da Câmara à permanência do pai dela, Roberto Jefferson, no comando do partido.
Fala muito Helton Yomura, o petebista que está interinamente no comando do ministério, também tornou-se alvo de ofensiva. No fim de janeiro, o Ministério Público do Trabalho enviou questionamento ao órgão sobre o cancelamento de uma inspeção. Os investigadores alegam que houve quebra do sigilo da ação.
Compartilhe Os advogados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) protocolaram pedido no STF para acessar documentos ainda sigilosos que atestariam a participação do ex-procurador Marcello Miller na delação da JBS.
Compartilhe 2 O tucano quer abordar a suposta participação do ex-aliado de Rodrigo Janot nas gravações que foram feitas pelo empresário Joesley Batista. A documentação seria peça fundamental para a tese da defesa de Aécio, que foi grampeado pelo dono da JBS. O mineiro tem dito que foi alvo de armação.
Meu guri O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) recebeu em mãos pesquisa qualitativa que versa exclusivamente sobre a viabilidade eleitoral de Luciano Huck na corrida deste ano ao Palácio do Planalto.
Meu guri 2 O estudo faz cruzamentos sobre o perfil do apresentador e os anseios do eleitorado. O resultado, segundo aliados de FHC, mostra que Huck tem “potencialmente muita chance” se entrar na disputa.
Mesa reservada Alvo de desconfianças no próprio partido, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) começou a se mover com mais desenvoltura. O governador almoçou nesta segunda (5) com Gilberto Kassab, cacique do PSD e entusiasta de uma aliança com os tucanos no Estado.
Pega no tranco O DEM está organizando um circuito nacional para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Após o Carnaval, a sigla fará uma série de atos pelo país para apresentá-lo como pré-candidato ao Planalto.
Dois coelhos As filiações dos deputados Tereza Cristina (MS) e Fábio Garcia (MT) já serão usadas como palanque para Maia.
Carta marcada A CGU entregou em dezembro o selo Pró-Ética 2017 a 23 empresas que se destacaram no debate e na adoção de ações de combate à corrupção. O Banco do Brasil, que havia vencido no ano anterior, ficou de fora. Meses antes a Folha revelou que o resultado da licitação de publicidade do banco havia vazado.
TIROTEIO
Corrupção e degradação ambiental andam juntas. O Ibama fez sua parte. Cabe agora à Petrobras limpar as manchas nas operações.
DE MAURÍCIO VOIVODIC, diretor-executivo do WWF-Brasil, sobre o Ibama e a PF acusarem a estatal de fraude ambiental, como mostrou o jornal “O Globo”.
CONTRAPONTO
Chantagem emocional
Logo no início de seu discurso na missa de um ano da morte de Marisa Letícia, no sábado (3), o ex-presidente Lula fez um longo agradecimento à presença dos amigos e companheiros de partido.
— Quero agradecer por, num sábado, vocês estarem aqui. Um momento de estar com a família, de estarem se divertindo… — disse.
Lula, então, virou-se para Guilherme Boulos, coordenador do MTST, e soltou:
— Sábado à noite pode fazer tudo, menos reunião, né Boulos? — disse, aos risos. Ironizava encontro que discutiria o lançamento do líder do MTST ao Planalto.