Integrantes do Planalto dizem que ida de Huck ao Faustão foi gesto político da Globo; emissora nega

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Siga os sinais Integrantes do Planalto viram na participação de Luciano Huck no “Domingão do Faustão” um movimento da Globo. Aliados de Michel Temer dizem que o fato em si é um gesto político e que seria ingênuo acreditar que a direção da emissora não deu aval à programação. A análise é feita sem censura, mas em tom realista. Para os governistas, “do ponto de vista do marketing, a apresentação dele como agente político ali foi muito melhor do que em qualquer programa partidário”.

Tela em branco A repercussão do programa que foi ao ar no domingo (7) fez a TV Globo emitir uma nota na qual reafirma que quadros da emissora que eventualmente forem disputar a eleição são proibidos de aparecer em sua programação.

Tela em branco 2 “A TV Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que se limitará a realizar a cobertura jornalística das eleições de 2018, seguindo as regras de seus princípios editoriais”, diz o texto da empresa.

Curva ascendente A argumentação não convenceu o universo político. Auxiliares de Temer apostam, inclusive, que o impacto social da entrevista com Huck será apontado com clareza nas próximas pesquisas de intenção de voto para o Planalto.

Frio e calculado Duas frases de efeito usadas por Huck no programa do Faustão foram publicadas nas redes sociais do Agora!, grupo encabeçado por ele: “Não existe salvador da pátria na política” e “Construímos muitos muros e poucas pontes”.

Pelo bem da nação Michel Temer orientou o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) a não alimentar um clima de disputa ou discórdia com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De olho na eleição, os dois começaram a se estranhar.

Funil Uma eventual candidatura de Maia ao Planalto obrigará o DEM a redefinir sua estratégia de gastos na campanha deste ano. Se ele concorrer, o Democratas investirá menos nos nomes que vão disputar vagas na Câmara, selecionando aqueles com chances reais de êxito.

Fatia gorda A direção da legenda fará uma análise do cenário em abril, quando a migração de deputados entre partidos terá terminado. A sigla deve ficar com R$ 85 milhões do fundo eleitoral.

Colégio eleitoral Depois de um pente-fino em sua relação de filiados, o PSDB fechou em 800 mil o universo de tucanos que terão direito a voto nas prévias do partido para a eleição presidencial. A disputa será entre o governador Geraldo Alckmin (SP) e o prefeito Arthur Virgílio (AM).

Descentralizado Cada diretório municipal será responsável por organizar a votação no dia 4 de março. O partido deve usar um sistema eletrônico que simula uma urna em notebooks.

Melhor para você Novamente imerso em acusações relacionadas à delação da Odebrecht, o senador José Serra (PSDB-SP) vem sendo aconselhado a não disputar qualquer cargo nas eleições. Ele tem mais quatro anos de mandato no Congresso.

Jogada casada Os diretórios zonais do PSDB paulistano organizam atos para alavancar a pré-candidatura do prefeito João Doria ao governo do Estado. No último fim de semana, tucanos da zona leste fizeram um evento em defesa do nome dele. O próximo será na zona norte.

Líder de massas Ao menos 40 dos 57 deputados do PT devem ir a Porto Alegre para a mobilização em torno do julgamento do ex-presidente Lula pelo TRF-4.

Dieta forçada Uma pessoa que esteve com o ex-ministro Geddel Vieira Lima recentemente na Papuda disse que ele está 16 quilos mais magro e que tem recebido quentinhas hipocalóricas para se alimentar na cadeia.


TIROTEIO

O Brasil merece equilíbrio. As forças do centro precisam agir com responsabilidade. Interesse nacional acima dos projetos pessoais.

DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (MG), secretário-geral do PSDB, sobre a disputa tácita entre Rodrigo Maia e Henrique Meirelles pela candidatura governista.


CONTRAPONTO

Cada coisa em seu lugar

O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), aproveitou a presença de Geraldo Alckmin (PSDB) em seu município na segunda (8) para enaltecer o governador paulista como pré-candidato ao Planalto e falar sobre a política nacional.

— A distribuição de emendas virou quase uma forma de extorquir o presidente. E o pior é que às vezes servem para pagar show do Wesley Safadão, como no Ceará!

Pouco depois, Morando falou sobre o serviço de saúde em sua cidade e emendou um pedido a Alckmin:

— O senhor bem que podia mandar um pouco de dinheiro para o hospital do município!