Construtora Andrade Gutierrez vai ao Supremo para tentar proibir TCU de declará-la inidônea

Painel

A última fronteira A construtora Andrade Gutierrez entrou com um mandado de segurança no Supremo contra o Tribunal de Contas da União. A ação corre em sigilo e está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski. A empreiteira tenta convencer o STF a interferir no TCU e suspender o processo que pode deixá-la inidônea por desvios em Angra 3. Pede que o caso pare de tramitar enquanto seu acordo de leniência com o MPF for válido ou que a corte de contas seja proibida de declarar sua inidoneidade.

Pegar em armas O Supremo vai ouvir a AGU e o TCU sobre a ofensiva da Andrade. O tribunal de contas viu a iniciativa da construtora como declaração de guerra.

Prepare o arsenal Ministros do TCU lembram que, hoje, existem cerca de dez ações em andamento que podem levá-los a classificar a Andrade como inidônea.

É o fim O impasse começou em março. O TCU deu às empreiteiras que fizeram leniência com a Lava Jato um prazo para que pudessem reconhecer superfaturamento nas obras de Angra 3, apontar responsáveis e negociar a devolução de valores. As novas informações não chegaram.

Pioneira A Andrade, que já negociou multa de R$ 1 bilhão com a Lava Jato, é a primeira construtora a levar o impasse ao STF. A Odebrecht está na mesma situação –fez leniência com o MPF, mas está na mira do TCU– e também cogita recorrer ao Supremo.

Oiapoque ao Chuí O PT estimula militantes e movimentos sociais a promoverem atos por todo o país no dia 24 de janeiro, quando o recurso do ex-presidente Lula será julgado pelo TRF-4.

Menos é mais Para a mobilização in loco, em Porto Alegre, o partido contará com militantes da região Sul.

Bons tempos Fernando Collor, que ostentou boa relação com Carlos Menen, da Argentina, durante seu período no Planalto, matou a saudade dos hermanos no encontro do Mercosul, em Brasília, na quinta-feira (21).

Relembrar é viver Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Collor foi convidado pelo presidente Michel Temer a participar da cerimônia. Sentou-se ao lado de Maurício Macri e conversou longamente com o atual mandatário do país vizinho.

Estica e puxa O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discute na próxima semana com o Secretário da Previdência, Marcelo Caetano, opções para amenizar a regra de transição para servidores que ingressaram antes de 2003 no funcionalismo.

Acelerado O ministro da articulação política do governo, Carlos Marun (MDB), por sua vez, quer fechar com o presidente Michel Temer uma estratégia de atuação pró-reforma da Previdência  durante o recesso parlamentar.

Terra, mar e ar Um dos pontos já está fechado: a partir do dia 15 de janeiro, Marun fará uma série de viagens pelos Estados para conversar com deputados da base.

Prenúncio As duas legendas que discutiram filiar Jair Bolsonaro para a eleição de 2018 racharam: PSL e PEN, que mudaria de nome para Patriota pelo presidenciável.

Deu pra mim O deputado queria 51% dos cargos do diretório nacional do PEN. Ofereceram, em contraproposta, a presidência da sigla. Ele recusou. Agora, o dono do PEN, Adilson Barroso, decidiu que vai destituir todos os aliados de Bolsonaro que já havia alocado nos diretórios estaduais da legenda.

Arapuca No PSL, Bolsonaro provoca atritos. A ala da sigla ligada ao Livres controla 12 diretórios estaduais e não quer negociar com ele. O presidente da legenda, quer. Em entrevista à Gazeta do Povo, Bolsonaro disse que o grupo opositor vai “deixar de existir”.


TIROTEIO

Abrir uma CPI para investigar Alckmin na Assembleia Legislativa de São Paulo é mais difícil do que torná-lo carismático…

DO DEPUTADO ESTADUAL JOSÉ AMÉRICO (PT-SP), sobre a ação da base aliada na Alesp para barrar apurações que possam incomodar o governador tucano.


CONTRAPONTO

O show tem que continuar 

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) aproveitou a tribuna do plenário da Câmara, na terça (19), para convocar parlamentares a se mobilizarem a favor de Lula no dia em que o petista será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Depois de um bom tempo de discurso, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) perguntou:

— Obrigado, deputado. Vossa Excelência quer encerrar? Já está satisfeito?

— Eu não estou satisfeito — respondeu Teixeira.

— É porque vossas excelências demoraram para aplaudi-lo. Agora que vossas excelências aplaudiram, o deputado vai ficar satisfeito! — brincou Maia.