Ala do PSDB vai cobrar que Tasso renuncie ao comando da sigla para disputar eleição interna

História sem fim Os sinais cada vez mais evidentes de que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pretende disputar a presidência do PSDB em dezembro agravaram o já debilitado ambiente partidário. A ala que defende o nome do governador Marconi Perillo (GO) para o posto diz que, já que o cearense quer ser alçado em definitivo ao cargo que agora ocupa interinamente, ele deve renunciar ao comando da legenda, sob pena de ser acusado de usar a máquina da sigla para desequilibrar a disputa interna.

Passou da conta O grupo que tenta derrotar Tasso no PSDB diz que o senador impõe sua narrativa contra o governo Michel Temer às custas da administração da sigla e do massacre público dos que divergem dele.

Guerra de versões O estopim para a nova crise foi a pesquisa encomendada por Tasso que mostrou forte desgaste do partido perante a opinião pública. Nesta segunda (30), publicitários ligados a nomes da legenda fizeram circular textos que em que contestam os resultados apresentados pelo instituto contratado pelo cearense.

Corpo presente A polêmica pesquisa será oficialmente apresentada aos parlamentares tucanos nesta terça (31), na liderança da sigla na Câmara. A ala governista deve boicotar a reunião.

Terreno árido No retorno do presidente Michel Temer a Brasília, o governo vai retomar a discussão sobre a portaria do trabalho escravo. A tese é a de que seria melhor reapresentar o tema como projeto de lei. O ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) consultou deputados sobre a possibilidade de assumirem o projeto. Muitos descartaram a tarefa de imediato.

Pelo estômago Temer, que está em casa em São Paulo recuperando-se de procedimento na próstata, recebeu a visita do vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG). Famoso por seus jantares em Brasília, o mineiro não chegou de mãos abanando. Levou sorvete de queijo e goiabada como mimos.

Melhor esperar Defensores de uma versão mais light do projeto que regulamenta aplicativos de transporte individual, como o Uber, trabalham para adiar a votação do texto. Prevista para entrar em pauta nesta terça (31), a proposta que está engatilhada divide o Senado e desagrada ao Planalto.

Não abro O senador Pedro Chaves (PSC-MS) diz que a prioridade é retirar a exigência de placa vermelha para os carros e a previsão de que caberá ao poder público conceder licenças aos aplicativos.

Na telinha O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, gravará no próximo sábado (4) a propaganda partidária do PSC, que vai ao ar em 21 de novembro. O mote da peça será o de que o país precisa se modernizar e entender as necessidades de cada brasileiro.

Na pista Rabello se filiou ao PSC neste mês. O partido aposta nele como pré-candidato ao Planalto em 2018. A aliados, o economista não nega a pretensão de disputar as eleições. As conversas com a sigla ocorrem desde que ele era chefe do IBGE.

Dança das cadeiras O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), vai remanejar, ao todo, titulares de quatro pastas para tentar alavancar os serviços de zeladoria e ação social na capital.

É para já Marcelo Freixo (PSOL-RJ) criticou projeções de dirigentes petistas sobre o líder do MTST, Guilherme Boulos, como o “pós-Lula”. “O PT faz um jogo para criar confusão e evitar uma alternativa que não esteja sob o controle deles”, diz.

Eu ou ele O PSOL trabalha para convencer Boulos a disputar o Planalto já em 2018. O ativista deu sinais de que topa só em um cenário no qual Lula seja impedido pela Justiça de participar da corrida eleitoral.


TIROTEIO

Diante da violência sem limite, não investir em segurança, não mudar o modelo, faz do governo Temer cúmplice das tragédias.

DA DEPUTADA MARIA DO ROSÁRIO (PT-RS), após estudo registrar que o Brasil bateu recorde de mortes violentas em 2016, com 61.689 assassinatos.


CONTRAPONTO

Não por mim, por ela!

O senador José Medeiros (Pode-MT) subiu à tribuna nesta segunda-feira (30) para fazer um discurso, mas antes fez uma série de gracejos.

— Aproveito para cumprimentar a todos os senadores, todos os que nos assistem pela rádio e TV Senado. Aproveito para cumprimentar também a Dona Eunice, que está lá no Mato Grosso, neste momento, na cidade de Rondonópolis, nos assistindo.

Ninguém entendeu do que se tratava e ele esclareceu:

— Dona Eunice é a mãe deste senador aqui. Não perde uma sessão e diz que fica muito irritada quando o pessoal do PT fica brigando com o filho dela!