Governadores de 9 estados, incluindo Minas e Rio, abrem mão de economia ao adiarem reforma de policiais militares
Deixa pra amanhã Governadores de nove estados abriram mão de economizar parte de um total de R$ 2,58 bilhões em 2020 e 2021 ao adiarem o início da vigência de pontos da reforma da Previdência dos militares estaduais –policiais e bombeiros. Rio e Minas, que atravessam severa crise, estão entre as unidades que renunciaram à poupança, estimada pelo governo federal. A brecha foi aberta pela lei, aprovada no Congresso no ano passado, que mudou as regras de aposentadoria das corporações.
Preto no branco Termina na próxima sexta-feira (17) o prazo previsto pela lei para que governadores, por meio de decreto, adiem para 1º de janeiro de 2022 a regra que estende o tempo de militares estaduais na ativa.
Lista Já assinaram a medida os governadores de Espírito Santo, Santa Catarina, Acre, Rondônia, Tocantins, Rio Grande do Norte e Pernambuco –além de Minas e Rio, onde os governadores Romeu Zema (Novo) e Wilson Witzel (PSC) foram eleitos com apoio das forças de segurança ao se alinharem ao bolsonarismo.
Cruz e a espada Representantes de policiais militares de Minas dizem que Zema cedeu para não perder 7 mil homens em condição de se aposentar voluntariamente, mas não compulsoriamente, que deixariam a corporação em 2019 se não houvesse o decreto atrasando a entrada da reforma.
Deadline Em São Paulo, as associações de policiais esperam pela posição do governador João Doria (PSDB), mas veem com descrença a chance de o tucano adiar o início das novas regras. A questão será decidida no início desta semana, quando os secretários responsáveis voltam de férias.
TIROTEIO
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