Deputados veem gesto a Maia e Toffoli em decisão de Bolsonaro de manter juiz das garantias em pacote anticrime

Para onde pende a balança Parlamentares avaliaram a decisão de Jair Bolsonaro de manter a figura do juiz das garantias no pacote anticrime não apenas como uma derrota de Sergio Moro, contrário à proposta, mas como um gesto do presidente ao comandante da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a uma ala do Supremo. O deputado esteve no Planalto na terça (23), véspera da sanção, e conversou com o mandatário sobre o conjunto de medidas. Dias Toffoli, que preside o STF, também defendia a permanência do trecho.

Soma de fatores Toffoli e Alexandre de Moraes, do STF, disseram em mais de uma ocasião a deputados serem a favor do juiz das garantias. Parlamentares acreditam que Bolsonaro os ouviu e levou em conta as posições.

Soma de fatores 2 Congressistas atribuem ainda a manutenção do trecho a uma escolha pessoal de Bolsonaro, que já reclamou da atuação de juízes e que agora vê o filho, Flavio, na mira de uma investigação. Assim, ele trabalharia para evitar abusos.

Volta do que não foi Integrantes do Ministério da Justiça ficaram contrariados com as decisões do presidente, que ignorou sugestões de vetos feitas por Moro, mas afirmam que vão trabalhar para resgatar propostas prioritárias no Congresso no ano que vem.

De novo Entre os itens que querem ressuscitar no Parlamento estão a previsão do plea bargain, tipo de acordo penal, e o banco de DNA para todos os crimes dolosos. Aliados do ministro querem que ele terceirize os projetos.

Não colou Integrantes do Planalto dizem que Bolsonaro não gostou do retuíte de Abraham Weintraub (Ministério da Educação), depois apagado, de uma mensagem que dizia que o presidente havia traído o povo brasileiro ao contradizer Moro. O episódio reforça as críticas do mandatário à atuação do ministro nas redes.

Foi nada Já alguns ministros dizem que foi um erro, mas que a lealdade de Weintraub ao governo supera a intercorrência.

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