Num aceno às siglas de esquerda, Gleisi diz que Lula não fechou portas a alianças

Num sinal às siglas de esquerda, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, minimizou neste sábado (16) o impacto de declarações recentes de Lula e disse que “em nenhum momento ele fechou as portas para alianças com partidos de uma frente ampla de oposição a Bolsonaro”.

A fala da dirigente tenta aparar arestas deixadas pelo discurso do ex-presidente à executiva do PT, em Salvador, nesta semana.

Na ocasião, Lula afirmou que o partido não deve abrir mão de seu protagonismo e que deve lançar candidatos em todas as cidades possíveis na eleição municipal de 2020 para defender o seu legado.

Ele também lembrou que o PT protagonizou as eleições nacionais desde 1989 e disse que vai continuar assim em 2022.

O tom, como mostrou o Painel deste sábado, frustrou dirigentes de siglas como o PSB, que contavam com a formação de alianças sem o PT na cabeça de chapa nas eleições municipais do ano que vem.

“Lula fez um discurso para o PT, foi a primeira fala dele para o PT. Foi para estimular o partido, pedir a defesa do legado”, explica Gleisi.

“Mas ele em nenhum momento fechou as portas para alianças com uma frente de oposição ao [Jair] Bolsonaro”, complementou.

“Onde esses partidos tiverem candidatos mais fortes do que nós, nós vamos fazer o esforço para construir”, diz Gleisi. “Sempre levando em conta qual é o papel e o espaço do PT nessa formação”, conclui.

A presidente do PT citou como exemplos as capitais Rio, Porto Alegre e Florianópolis.

Marcelo Freixo, do PSOL, desponta como o candidato da esquerda na primeira, e Manuela D’ávila, do PCdoB, na segunda.

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