Líderes mundiais de mercado do petróleo sinalizaram semana passada que não acompanhariam megaleilão

Plano de fuga Operadores que conhecem o mercado de petróleo perceberam, na semana passada, que havia risco de o aguardado megaleilão do pré-sal não suprir as expectativas despertadas pelo governo. Executivos de uma das maiores empresas do setor do mundo estiveram em Brasília, conversaram com autoridades e informaram que iriam embora antes desta quarta (6). O gesto foi lido como o prenúncio de um fiasco. Nenhum grande executivo das petroleiras globais veio acompanhar as ofertas.

Inflação Parlamentares e analistas de mercado dizem que o governo “vendeu mal” o leilão e errou na organização por ter concentrado muitas ofertas nos meses de outubro e novembro. Dessa forma, os valores a serem desembolsados por investidores ficaram muito altos.

O suspeito de sempre O modelo de exploração de petróleo pelo regime de partilha, em que as empresas se tornam sócias do governo, também foi apontado como responsável pelo resultado do megaleilão desta quarta. Ele foi criado no governo do PT.

Copo meio cheio Tentando diminuir o mal-estar, o presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Décio Oddone, enviou mensagens pelo WhatsApp dizendo que o valor arrecadado (cerca de R$ 70 bilhões) é muito maior do que a média paga nos leilões desde a abertura do setor de petróleo, em 1999, de R$ 30 bi.


TIROTEIO

O conhecimento e a experiência da Petrobras não bastaram para atenuar o receio à insegurança jurídica e política no país

Da senadora Simone Tebet(MDB-MS), sobre as principais empresas de óleo do mundo não terem participado do megaleilão do pré-sal


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