Organizadores veem crescimento de adesão a atos contra cortes na educação
Bloco na rua O monitoramento das adesões aos novos protestos contra cortes na educação animou organizadores dos atos marcados para esta terça (13). Além de professores e alunos, que estão deliberando o assunto em assembleias nos diretórios acadêmicos, a mobilização foi reforçada por artistas. Frases polêmicas ditas pelo presidente, como a homenagem a Carlos Alberto Brilhante Ustra, serão exploradas. No Rio, cartazes vão opor a imagem do torturador à de Marielle Franco.
Relembrar é viver Os organizadores dos atos selecionaram imagens não só da vereadora assassinada no Rio, mas também de outros nomes, como Zumbi dos Palmares e Chico Mendes. Bolsonaro chamou Ustra de “herói nacional”. Ao lado da imagem do coronel haverá a inscrição “Torturador. Não, nunca”.
Mão à palmatória Integrantes da cúpula do PSL dizem que há, sim, chances de o partido expulsar Alexandre Frota (PSL-SP) na terça. O deputado passou a fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro, ao filho dele, Eduardo Bolsonaro, e à mecânica da sigla em SP.
Fala o que quer Pessoas próximas ao presidente indicam que ele lavou as mãos neste caso. Dizem que as críticas fizeram de Frota um fator de instabilidade e tornaram o ambiente insustentável no PSL.
Pense bem Há quem discorde. O líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), diz que Frota já foi punido ao ser retirado de postos na liderança da legenda e em comissões importantes. “Mais do que isso, acho, seria um excesso”. Ele, porém, não integra a executiva nacional, que vai deliberar sobre o caso.
Estátua Aliados de Aécio Neves (PSDB-MG) garantem que, nesta semana, ele não se move. Pressionado a se afastar da sigla para não se tornar alvo de processo no conselho de ética, o deputado mineiro tem recebido manifestações de solidariedade contra o que seu grupo chama de “caça às bruxas” no tucanato.
Estátua 2 Aécio tem dito que vai aguardar uma atitude da sigla não só sobre ele, mas sobre outros quadros que estão na mesma situação jurídica. Ele é réu em processos no Supremo e em SP, por exemplo.
Fala ao coração Bolsonaro mandou sinais a aliados de Augusto Aras, cotado para o comando da PGR, de que não está confortável com a grita das redes contra o subprocurador.
Em paz Líderes do centrão na Câmara indicaram ao governo que não devem oferecer resistências ao projeto que muda as regras de aposentadoria dos militares. A ideia de aliados do presidente é acelerar a proposta e aprová-la com a “maior integralidade possível”.
Telegrafado Num gesto visto como o cumprimento de uma missão delegada por Sergio Moro (Justiça), o deputado Capitão Augusto apresentou, na Comissão de Segurança Pública, um convite para Manuela D‘ávila (PC do B) explicar à Câmara sua relação com o hacker que alega ter invadido telefones de autoridades.
Telegrafado 2 O convite de Augusto foi proposto após o PC do B pedir que a Comissão de Ética Pública investigasse suspeitas de que Moro teve acesso ao inquérito da PF, que é sigiloso.
Voltei A defesa do ex-presidente Lula recorreu novamente ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Desta vez, quer saber por que a Segunda Turma da corte tirou de pauta reclamação na qual pede que a primeira instância lhe dê acesso ao acordo de leniência firmado entre a Odebrecht e a força-tarefa.
Vai ou racha Havia previsão de que o caso fosse debatido no próximo dia 27. Fachin havia autorizado o acesso da defesa do petista aos autos da leniência, mas o juiz da 13ª vara de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, impôs limites à checagem do material.
Modelo O discurso de que a Amazônia é cobiçada por outros países, ecoado por Jair Bolsonaro e seus auxiliares, foi usado na ditadura militar, que pregou o mote “integrar para não entregar”.
Copia e cola Em 1970, Emílio Médici, em Manaus, mencionou “o interesse estrangeiro sobre a terra prometida” e disse que não deixaria a Amazônia “vulnerável à infiltração, à cobiça e à corrosão de um processo desnacionalizante”.
TIROTEIO
O Brasil voltou a ter casos de sarampo, um fruto do descaso com a atenção básica. Saúde pública ladeira abaixo
Do deputado Chico d’Ângelo (PDT-RJ), sobre retrocessos medidos em indicadores nacionais nos primeiros seis meses da gestão Bolsonaro