Ministros do STF ironizam e questionam decisão do CNMP de não investigar palestras de Deltan
E te direi quem és A nova leva de mensagens da Lava Jato, revelada neste domingo (14) pela Folha e pelo The Intercept, fez integrantes do STF ironizarem membros do Conselho Nacional do Ministério Público que avalizaram as palestras de Deltan Dallagnol como legais e filantrópicas. Parte do colegiado foi questionada por ministros se o material não deixa claro que o procurador é mesmo um exemplo de “abnegação” e “espírito público”. Os diálogos mostram planos para obter lucros.
Novo front Integrantes do CNMP que já planejavam reabrir investigação sobre Dallagnol por suposta dobradinha com o ex-juiz Sergio Moro agora dizem que é inevitável levar também o tema das palestras à reavaliação do órgão.
Novo front 2 Segundo as mensagens, o procurador articulou com um colega a criação de empresa de palestras no nome de suas mulheres para evitar questionamentos legais. Nos diálogos, Dallagnol diz ter recebido cerca de R$ 400 mil líquidos em um ano.
Olhai além As revelações também dão nova carga ao debate em torno da criação de uma fundação administrada pelo MPF com R$ 2,5 bilhões recuperados da Petrobras.
Olhai além 2 Ministros do Supremo passaram o domingo reavaliando os termos do trato, já suspendido cautelarmente pela corte, à luz da nova publicação de diálogos.
Água mole, pedra dura Em representação ao CNMP, o PT pede apuração das relações de Dallagnol com três empresas que organizam palestras. Solicita ainda o afastamento do procurador e de seu colega Roberson Pozzobon por 120 dias ou a abertura de processo disciplinar contra ambos.
Quem convidou? Desde que assumiu a Corregedoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, em fevereiro, o desembargador Bernardo Garcez resolveu se dedicar à fiscalização do trabalho de magistrados –medida prevista nas atribuições do órgão, mas não usual.
Veja bem Até o fim de junho, foram 227 visitas a varas e cartórios. Algumas são de surpresa. Tramitam na Corregedoria ao menos 10 processos administrativos disciplinares decorrentes dessas inspeções.
Alto lá A interferência gerou reação. A Associação de Magistrados do Rio diz que não irá tolerar violação às prerrogativas da magistratura e que a exposição de juízes é vedada.
Sobrevivente Contestado no início da legislatura, o líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo (PSL-GO), encerra o primeiro semestre enxergando evolução na relação com partidos e bancadas temáticas. Num balanço, vê mais acertos do que erros e defende o uso de emendas como instrumento político.
Regra do jogo “Ministério de porteira fechada não vai acontecer, é ineficiente. Mas descentralização de recursos é parte da democracia, as emendas impositivas estão na lei. Ampliar isso ajuda prefeituras a prestarem um serviço melhor”, afirma o deputado.
Regra do jogo 2 O major celebra a chegada de Luiz Eduardo Ramos na Secretaria de Governo, diz que o PSL está mais unido, vê espaço para ampliar a interlocução com o Congresso e reafirma que o Planalto conta com as frentes evangélica, de segurança pública e do agronegócio.
Regra do jogo 3 Hugo diz que regras mais amenas a policiais na reforma da Previdência foram um pedido do presidente e uma construção coletiva, e que outras concessões foram tomadas para não “desorganizar a base reformista”.
Selva “Nada foi feito de maneira irresponsável”, conclui. Ele recebe Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (15) em sessão que comemora o 17º aniversário do Comando de Operações Especiais do Exército.
Já é demais A indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada dos EUA balançou o apoio de grupos de direita ao governo. Para o Movimento Brasil Conservador, é um tiro no pé que “levantaria uma enxurrada de críticas desgastantes e desnecessárias”.
Fora dessa “É legal, mas não é moral. Esperávamos indicações técnicas, como as dos ministérios”, afirma Adelaide Oliveira, do Vem Pra Rua. Por esta posição, o grupo foi atacado nas redes. O MBL se mantém em silêncio.
TIROTEIO
Acabar com a taxa paga por turistas para visitar Fernando de Noronha é um crime contra a natureza do Brasil
Da deputada Marília Arraes (PT-PE) após Bolsonaro afirmar que a cobrança é um roubo praticado pelo governo federal e que irá revê-la