Bolsonaro acena a evangélicos, e ministros do STF rechaçam Bretas e apontam para AGU e Humberto Martins
Meus apóstolos Ministros do Supremo viram o aceno de Jair Bolsonaro à indicação de um evangélico para a corte como uma simples tentativa de agradar à plateia, mas decidiram usar a ocasião para também enviar recados. Um juiz de primeiro grau, diz um membro do STF, seria muito mal recebido –esta é a graduação, por exemplo, de Marcelo Bretas, do Rio. Esse mesmo integrante lembra que o AGU, André Luiz Mendonça, é presbiteriano, e que Humberto Martins, hoje no STJ, é adventista.
Em memória de mim Humberto Martins é vice-presidente do STJ e corregedor nacional de Justiça. O ministro esteve com Bolsonaro na quinta (30) –um dia antes de o presidente falar na indicação de um evangélico ao STF. Flávio (PSL-RJ), senador e filho número 01, acompanhou a toda a conversa.
Ele acima de todos Martins faz questão de incluir a religiosidade nas mensagens que envia diariamente a amigos. O ministro costuma fechar os votos de bom dia, bom trabalho e boa semana com a expressão “Deus no comando”.
Campanha eleitoral Emissários de Raquel Dodge fizeram uma visita ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na semana passada. De acordo com relatos, os auxiliares da procuradora-geral da República falaram muito claramente sobre a possibilidade de ela ser reconduzida.
Campanha eleitoral 2 Segundo aliados de Alcolumbre, os assessores de Dodge fizeram questão de repisar o que consideram marcas da atual gestão. Disseram, por exemplo, que ela mudou o padrão do MPF ao retomar a discrição como regra no órgão.
Voto secreto Relatos da conversa chegaram a integrantes da PGR. Alcolumbre teria se limitado a dizer que o pleito de Dodge é legítimo, assim como o dos outros integrantes do MPF que disputam o posto por meio da lista tríplice. O escolhido de Bolsonaro terá que ser sabatinado e aprovado pelo Senado.
Filho é teu Em parecer sobre o recurso do ex-presidente Lula que tramita no Superior Tribunal de Justiça, a subprocuradora-geral Aurea Maria Etelvina Nogueira defendeu que cabe à corte decidir se o petista tem ou não direito à progressão de regime, como demanda a defesa.
Filho é teu 2 Os advogados do petista querem que ele passe para o regime aberto.
Escoltada Deputados do PSL de São Paulo calculam que pelo menos metade da bancada paulista na Câmara apoia a candidatura de Joice Hasselmann (SP) à Prefeitura da capital no ano que vem. De olho na disputa, esse grupo quer que ela assuma o comando do diretório municipal do partido.
Se não pode vencê-la… Um grupo de parlamentares do PSL também tenta convencer a deputada estadual Janaina Paschoal (SP) a integrar o Conselho de Ética do partido no estado. Ela tem criticado atos de alguns integrantes da sigla —inclusive Jair Bolsonaro.
Ensaio? O PSOL entregou a Guilherme Boulos a missão de coordenar grupo que vai elaborar planos de governo municipais e acabou chamando a atenção de integrantes de outros partidos de esquerda. Todos querem saber se o líder do MTST pensa em concorrer à Prefeitura de SP.
Me erra O mercado de combustíveis está de olho em uma reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) marcada para a próxima terça (4). Há temor de que seja editada uma resolução que, na prática, signifique interferência do governo nas decisões da diretoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Me erra 2 O diretor-geral da agência, Décio Oddone, vem colecionando inimizades por tentar emplacar mudanças na distribuição de combustíveis sem dialogar com o setor.
Me erra 3 A venda direta de etanol aos postos, por exemplo, tema que dormita na diretoria da ANP, poderia ser acelerada por ordem do CNPE. Suspeita-se que Oddone queira vencer via conselho a oposição dentro da agência.
Vai ter luta O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), vai tentar anular despacho do Planalto que diminuiu a participação da sociedade civil no Conselho Nacional de Meio Ambiente.
TIROTEIO
É como um hospital sem emergência, ocupado só da cura do câncer. Aí quem quebra a perna fica sem tratamento
Do ex-ministro Nelson Barbosa, sobre a necessidade de a equipe econômica encontrar agenda que recupere o PIB no curto prazo
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