Governo finaliza propaganda pró-reforma; ‘Quem ganha mais vai contribuir com mais’, diz peça
Papo reto O Planalto finalizou a formatação da ofensiva publicitária a favor das mudanças nas regras de aposentadoria. O mote, “Nova Previdência, pode perguntar”, tenta desmontar críticas à proposta e apresentar de maneira palatável os principais troncos do projeto de Jair Bolsonaro. As peças dizem que nada muda para quem já é aposentado, que as alterações vão ampliar a margem para investimentos e que quem ganha menos vai contribuir com menos e quem ganha mais vai com contribuir mais.
Sou o caminho A campanha foi formulada pela Artplan. As peças feitas para a TV apostam na simulação de diálogos, no formato pergunta e resposta. A ideia central é apontar para uma gestão capaz de justificar e defender os principais pontos da proposta. Há ainda uma espécie de selo que classifica as informações oficiais como “Essa é a verdade”.
Paleta da moda As propagandas pró-reforma serão exposta em TV, rádio, jornais, internet e outdoors. A linguagem visual enaltece as cores da bandeira, o verde e amarelo, uma das marcas da campanha de Bolsonaro em 2018.
Tecla SAP O esforço para melhorar a comunicação da reforma mudou até o vocabulário do ministro Paulo Guedes (Economia). Ele passou a chamar a capitalização de “regime de poupança garantida”.
Jogada ensaiada A rápida ascensão da hashtag “centrão bloco de ladrão” nas redes sociais chamou a atenção de dirigentes de partidos e da cúpula do Congresso. O levante virtual foi uma resposta à fala do deputado Paulinho da Força (SD-SP) sobre a votação da reforma da Previdência, mas o ataque generalizado a todo o bloco pegou mal.
Gol contra Empresas que fazem monitoramento de mídia para parlamentares apontaram um impulsionamento organizado do termo por simpatizantes de Bolsonaro. “Muito inteligente. Vai ser super fácil conseguir voto atacando todo mundo dessa forma”, ironizou um parlamentar.
Sincericídio Paulinho da Força disse na quarta-feira (1º) que o centrão queria desidratar a reforma da Previdência para evitar a reeleição de Bolsonaro em 2022. O deputado acabou desautorizado por integrantes do grupo e pela cúpula do Congresso.
Fica a dica Além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o comandante do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ficou incomodado com a mensagem na qual Jair Bolsonaro disse que a decisão de intervir na Venezuela seria “exclusivamente” dele.
Palavra tem poder Pessoas próximas a Alcolumbre contam que o senador fez chegar ao presidente na quarta (1º) que além de esse tipo de declaração aparentar certo desprezo pelo Legislativo, na situação atual, uma intervenção militar no país vizinho não seria autorizada pelo Congresso.
Tempo ao tempo A parlamentares, Bolsonaro teria dito que a situação na Venezuela só terá um desfecho daqui a cerca de duas semanas.
Engate a primeira Aliados do governo na Câmara passaram a se queixar da paralisação nas atividades da Funasa. Segundo eles, obras de saneamento que já deveriam ter sido executadas em diversos municípios foram travadas. Com isso, as críticas à capacidade de execução da atual gestão chegam agora à Saúde.
Gato escaldado Na Funasa, o imobilismo decorre do bloqueio de verbas imposto pelo Ministério da Economia e também porque o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) tem ressalvas em relação ao órgão, que considera ter sido palco de corrupção. Funcionários da própria fundação reclamam de não terem ações autorizadas.
Visita à Folha Rossieli Soares, secretário de Educação do estado de São Paulo, visitou a Folha nesta quinta (2). Estava acompanhado de Haroldo Corrêa Rocha, secretário-executivo de Educação, Emmanuel Macedo da Silva Filho, coordenador-adjunto de Comunicação, e Lucia Tiyo Saito, assessora de comunicação.
TIROTEIO
É no mínimo infeliz a afirmação. O Congresso trata a reforma da Previdência de forma séria e com foco no futuro das pessoas
Do deputado Silas Câmara (PRB-AM), sobre Paulinho da Força ter dito que o centrão quer mudar o texto para impedir a reeleição de Bolsonaro