Governo nomeia vice-líderes na Câmara sem consulta prévia e irrita partidos
Bloco do eu sozinho Uma das apostas de Jair Bolsonaro para melhorar a articulação política no Congresso, a indicação de vice-líderes do governo na Câmara foi executada de maneira tão desastrada que surtiu o efeito contrário. O Planalto divulgou os nomes dos escolhidos sem antes consultar as direções partidárias.
Caçador de mim Foi o que aconteceu com PR e Solidariedade, que souberam pela imprensa que seus quadros atuariam na defesa da atual gestão. Resultado: as duas siglas desautorizaram a indicação.
Poder de veto O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SD-SP), chamou o deputado Lucas Vergílio (SD-GO) e recomendou que ele avisasse ao Planalto que não iria assumir uma das vagas de vice-líder do governo na Câmara.
Poder de veto 2 Algo semelhante ocorreu no PR. O mandatário da sigla, Valdemar da Costa Neto, externou contrariedade com a indicação de Capitão Augusto (PR-SP) para o posto. Um aliado do mandachuva do partido diz que, se a ideia era amansar a bancada, o tiro saiu pela culatra. O governo quer ter 14 vice-líderes.
Persona non grata Na reunião desta terça (26) com Bolsonaro, líderes da Câmara se queixaram do tratamento que parlamentares têm recebido de ministros do governo. Alguns auxiliares do presidente foram citados nominalmente, como Nabhan Garcia, secretário de Assuntos Fundiários.
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