Opositores de Bolsonaro dizem a Renan para se afastar da disputa pelo Senado
Espere a próxima Partidos que articulam um bloco parlamentar de oposição a Jair Bolsonaro (PSL) sugeriram a Renan Calheiros (MDB-AL) que se afaste da disputa pela presidência do Senado. Um dos líderes do grupo, o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), disse a Renan que ele deveria esperar mais dois anos para voltar a postular o cargo. Cid e seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, trabalham para isolar o PT e assim atrair o apoio de senadores que preferem se manter independentes em relação ao novo governo.
Carta de intenções O grupo, que reúne integrantes do PDT, do PSB, da Rede e do PRP, quer formalizar nesta semana o bloco com a divulgação de um manifesto, numa tentativa de atrair parlamentares que pretendem manter distância de Bolsonaro mesmo sem fazer oposição aberta.
Divisão do bolo Na contabilidade dos articuladores do grupo, Bolsonaro pode contar com o apoio automático de até 20 dos 81 senadores, incluindo integrantes do PSL, do PRB e do PTB. Os que estarão contra o novo governo podem chegar a 15, dizem, e os demais querem evitar qualquer alinhamento agora.
Somando força Os integrantes do bloco esperam atrair parlamentares do PSDB, do PP e até do DEM, que já tem três deputados indicados para o ministério de Bolsonaro, e com isso juntar força para buscar uma alternativa a Renan.
Na mesa Além do emedebista, Simone Tebet (MDB-MS) e Tasso Jeiressati (PSDB-CE) se movem nos bastidores. Parlamentares alinhados com Bolsonaro têm defendido a candidatura de David Alcolumbre (DEM-AP). O presidente eleito determinou que o PSL não lance nenhum nome na disputa.
Venham todos O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse a correligionários que Bolsonaro chamou também os presidentes dos partidos para as conversas que terá com suas bancadas nesta semana.
Currículo Membros da equipe que prepara a transição para o novo governo prepararam perfis detalhados dos deputados que se encontrarão com Bolsonaro, com informações sobre sua força eleitoral, ligação com bancadas temáticas e atuação em votações de medidas de interesse do governo Michel Temer (MDB).
Verão passado Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citarão um voto antigo do ministro Celso de Mello como precedente para questionar a imparcialidade do ex-juiz Sergio Moro nesta terça (4), quando a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal julgará novo habeas corpus do líder petista.
Última que morre Em 2013, ao julgar o caso de um doleiro, o ministro votou pela suspeição de Moro, que monitorou voos de advogados do acusado para garantir sua prisão. Mello ficou isolado na época, mas a defesa de Lula acha que o ex-presidente teria uma chance agora se conseguir seu apoio.
Tente outra vez O PT e movimentos sociais ligados ao partido estão organizando atos em todo o país para pedir a liberdade de Lula no dia 10 de dezembro, quando Jair Bolsonaro será diplomado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Conte comigo A assessoria técnica do Congresso avalia a viabilidade de se criar em 2019 uma comissão mista permanente para discutir o combate à corrupção e ao crime organizado. A ideia é dar sustentação a projetos que Moro promete apresentar depois que assumir o Ministério da Justiça.
Agora é diferente A criação da comissão reforçaria a atuação da frente parlamentar anticorrupção que está sendo articulada por congressistas para apoiar propostas de Moro na Câmara e no Senado, que enterraram iniciativas semelhantes no passado.
Visita à Folha Lynette Clemetson, diretora do programa de jornalismo Knight-Wallace da Universidade de Michigan (EUA), com o qual a Folha mantém convênio, visitou o jornal nesta segunda (3). Estava acompanhada de Birgit Rieck, diretora-associada do programa.
TIROTEIO
A Justiça ficará de mãos atadas sem uma lei que responsabilize empresas que impulsionam boatos e mentiras no WhatsApp
De Henrique Neves, ex-ministro do TSE, sobre esquema de propagação de mensagens que beneficiou candidatos nas eleições
Ricardo Balthazar (interino), com Thaís Arbex e Julia Chaib