Após Datafolha, aliados de Doria descartam vitória biônica e preveem campanha acirrada

Tempo que não volta mais Os dirigentes de partidos que apoiam João Doria (PSDB-SP) na disputa pelo governo e já estavam preocupados com a evolução da campanha ficaram ainda mais alarmados com os resultados do último Datafolha. O diagnóstico agora é o de que ele precisa se preparar para um embate duríssimo com os rivais, especialmente Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB), e não contar com a possibilidade de repetir o voo biônico que alçou em 2016, quando se elegeu prefeito de SP no primeiro turno.

Fuga para as montanhas Integrantes do núcleo duro da campanha de Doria apostam no interior do estado como o terreno onde há maior possibilidade de atrair novos eleitores. A rejeição do tucano é maior na capital e, historicamente, o PSDB vai muito bem fora da região metropolitana.

Não entre nós Em reunião para discutir o formato do debate presidencial na TV Gazeta, dia 09 de setembro, representantes de PSL, PSDB, MDB, PDT, Rede e Patriota pediram a retirada de púlpito destinado ao ex-presidente Lula do estúdio. Só PSOL e PT foram a favor.

Me basto A cúpula da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu, diante dos sinais de que o tucano pode ser abandonado por aliados nos estados, que ele vai ter estrutura própria em todas as 27 unidades da Federação –inclusive para a distribuição de material com seu nome e partido.

De fachada A avaliação é a de que Alckmin deve buscar interação com coligados, mas manter seu nome na rua independentemente deles. Coordenadores regionais foram escalados para cobrar menções ao tucano em santinhos.

Vai, mas demora Os nomes mais próximos a Alckmin na campanha já avisam que será uma disputa de médio prazo e que a expectativa é a de que ele “empine o nariz para chegar ao segundo turno” só na etapa final da corrida. Os aliados brincam que as palavras de ordem são: sangue de gelo, fígado de aço e rivotril.

Não custa tentar Cassado pela Mesa Diretora da Câmara, Paulo Maluf (PP-SP) deve ingressar com recurso no STF para questionar a decisão. Ele quer que seu destino político seja submetido ao plenário da Casa, mas sabe que o Supremo dificilmente vai concordar.

Até o osso O resultado do Datafolha incendiou ala do PT que prega levar o nome de Lula na disputa até as últimas consequências, mesmo sabendo que a chance de o Judiciário deixá-lo ir às urnas é mínima.

Efeito colateral Esse grupo acha que as pesquisas ampliam a pressão sobre ministros do TSE e do STF, tribunal em que quer travar a derradeira batalha em nome do petista. O ânimo é má notícia para Fernando Haddad (PT), hoje vice do ex-presidente.

Nem com reza Quem circula nos tribunais superiores em Brasília diz que nem uma súplica do papa em pessoa faria o clima contrário ao pedido de registro de Lula mudar.

Vai com as outras O vice de Marina Silva (Rede), Eduardo Jorge (PV), critica um dos motes da campanha de Bolsonaro: “mais Brasil, menos Brasília”, levada ao presidenciável pelo guru Paulo Guedes.

Vai com as outras 2 A expressão constava do programa de Eduardo Jorge em 2014 e está no plano que ele montou com Marina neste ano.

Meme que anda A equipe de Henrique Meirelles (MDB) testa programa para a TV que apresenta o candidato com humor. A peça mescla respostas divertidas a críticas de rivais com expressões como: “Minha mulher diz que sou um disque crise”.

Veja o vídeo:

Meme que anda 2 Lula e Temer são citados na peça. A imagem de Dilma Rousseff aparece quando Meirelles diz que sabe “quando e porquê os governos anteriores erraram”.

Bom rapaz Michel Temer pretende doar a uma entidade os R$ 300 mil que pode receber de indenização de Joesley Batista. Apesar da vitória na Justiça do DF, nesta quarta (22), cabe recurso ao dono da JBS.


TIROTEIO

A cassação do Maluf era impositiva, mas mesmo assim demorou um século. Demoraram a cumprir a Constituição

De Miro Teixeira (Rede-RJ), sobre a direção da Câmara ter levado oito meses para cumprir a ordem do Supremo Tribunal Federal