MDB quer tirar seis partidos da coligação de Alckmin por falha em documentação

A campanha de Henrique Meirelles, candidato do MDB à Presidência, impugnou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a coligação formada por Geraldo Alckmin (PSDB). Os emedebistas alegam que seis legendas deixaram de entregar documentos à corte eleitoral, o que comprometeria o registro da aliança firmada entre elas e o PSDB.

O ofensiva do MDB foi revelada pelo Painel nesta sexta (17).

Entre os partidos que teriam falhado no processo de formalização da aliança estão alguns dos maiores parceiros de Alckmin na corrida eleitoral no que diz respeito à soma de tempo de propaganda partidária, como o PP e o PR.

No documento ao tribunal, a campanha de Meirelles lembra que o TSE divulgou determinação para que as coligações fossem registradas até o último dia 5 de agosto, o que causou correria em diversas legendas, especialmente no PT, que ainda tentava atrair partidos à candidatura de Lula/Fernando Haddad.

“Oportuno relembrar que diante de celeuma instaurada sobre o prazo de definição das coligações e a escolha dos candidatos, vices inclusive, se seria 5 ou 15 de agosto, o TSE postou matéria orientadora em seu sitio oficial no sentido de que todas as alterações de coligações deveriam ocorrer até 5 de agosto de 2018, data limite para realização das convenções partidárias”, escreveram os advogados do MDB.

A burocracia imposta pela corte é importante neste caso porque o MDB alega exatamente a existência de falhas formais na documentação entregue pelos aliados de Alckmin ao tribunal. Algumas das siglas deixaram de atualizar ata que sacramentou a decisão de adesão ao tucano e outras não mencionar todas as legendas que compõem a aliança, por exemplo.

Pela ótica do MDB, só o PSD e o PPS cumpriram todas as formalidades exigidas pela Justiça Eleitoral. Consultado na sexta-feira (17), o advogado da campanha de Alckmin, Ricardo Penteado, disse desconhecer a impugnação, mas salientou que não via nenhum vício insanável no registro da coligação tucana.

Segundo ele, caso o TSE entenda mesmo que há falha na documentação, nada impede que as siglas retifiquem sua papelada.

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