Procurador-geral do Trabalho quer anulação de registro de sindicatos sem legitimidade
Sob lupa bifocal Os diversos indícios de irregularidades na concessão de registros sindicais levantados pela Polícia Federal fizeram o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, determinar a abertura de investigação específica sobre o tema. Ele avisa que vai analisar todas as inscrições feitas nos últimos dois anos. “Esses sindicatos que foram eventualmente registrados e não têm representatividade devem ter a certificação anulada. Nossa apuração vai se restringir à legitimidade das entidades”, diz.
Para ontem O procurador-geral do Ministério Público do Trabalho determinou a formação de um grupo para atuar exclusivamente na análise dos registros. A ideia é que a força-tarefa comece a revisar a papelada já na segunda (9).
CEP A apuração ficará com a Coordenadoria de Promoção de Liberdade Sindical do MPT.
Vai tarde Aliados de Michel Temer dizem que ele já havia avisado o PTB de que os escândalos em série no Ministério do Trabalho estavam desgastando o governo. O presidente comentou, dias antes da operação da PF desta quinta (5), que gostaria de nomear o ex-ministro Almir Pazzianotto chefe da pasta.
Tentáculos Embora depois da nova operação da PF o PTB tenha dito que vai abdicar do controle do ministério, a bancada da Câmara quer manter sua influência no órgão indicando o secretário-executivo, número dois na hierarquia.
Nunca morre Consultor jurídico do PT, o advogado Luiz Fernando Pereira fez uma série de levantamentos para dar sustentação à tese de que, mesmo condenado em segunda instância, Lula poderia participar da disputa.
Nunca morre 2 Em um deles, apresentou à direção do PT os dois últimos casos de candidatos à Presidência que tiveram registros indeferidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas continuaram a campanha até o trânsito em julgado.
Pendurado Rui Costa Pimenta (PCO), por exemplo, teve o registro indeferido em 2006, mas conseguiu participar das eleições. Pereira diz que, neste caso, as chances de o candidato reverter o indeferimento eram “nulas”, mas mesmo assim o TSE o deixou continuar na disputa até o trânsito em julgado do processo.
Tenho lado Cid Gomes, irmão e principal conselheiro do presidenciável Ciro Gomes (PDT), defendeu a atuação do pedetista no evento da Confederação Nacional da Indústria no qual o pré-candidato foi vaiado ao criticar a reforma trabalhista.
Tenho lado 2 Cid diz que a vaia foi localizada. “Ele fez um apelo para que entendam o papel social. Empresa não deveria se preocupar com folha de pagamento, mas com o câmbio. A gente não quer parceria com empresário escravocrata. Esse tipo pode ficar com o Bolsonaro”, conclui.
Tem limite Já o desempenho do pedetista na coletiva de imprensa após a apresentação na CNI foi alvo de reparos internos. Irritado com menções às vaias, Ciro atacou jornalistas. O irmão, aos risos, pôs panos quentes. “Ninguém é perfeito!”.
Para constar A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, irá a Pernambuco e à Paraíba na próxima semana para fazer as últimas conversas com os governadores Paulo Câmara (PSB-PE) e Ricardo Coutinho (PSB-PB) sobre o apoio do PSB aos petistas. Ela já sabe que as chances de um acerto estão perto de zero.
Jeitinho Com o DEM profundamente dividido internamente, os principais expoentes do partido, Rodrigo Maia (RJ) e ACM Neto (BA), avisam que não vão “entrar de sola” para forçar um consenso.
Jeitinho 2 A decisão será tomada pela maioria e ninguém esconde que, para isso, será preciso “quebrar alguns ovos”. Apesar da identidade ideológica com Geraldo Alckmin (PSDB), a aposta pragmática em Ciro tem ganhado força.
Dia D Magno Malta (PR-ES) avisou que decide até 15 de julho se aceita ser vice de Jair Bolsonaro (PSL).
TIROTEIO
Quem não faz autocrítica e não assume nem sequer o erro de ter se misturado à velha política vai ficando sozinho na estrada
De Beto Albuquerque (RS), vice-presidente do PSB, sobre o risco de o PT ficar isolado na eleição, sem apoio do seu partido e do PC do B