Ministro do STF homologa duas delações fechadas pela PF; casos estão em sigilo

Positivo e operante O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, homologou duas delações firmadas pela Polícia Federal. Os casos, sobre parlamentares, estão sob sigilo. Ao menos um dos acordos foi chancelado antes mesmo do julgamento da semana passada em que a corte confirmou a competência da PF para fechar colaborações. O relato de um dos delatores já foi remetido pelo ministro à primeira instância, para onde os autos relativos ao caso foram baixados. O segundo ainda está sob a guarda do STF.

Dividir para reinar Integrantes do Supremo e do STJ acreditam que, ao autorizar a PF a firmar colaborações, o Supremo contribuiu para diluir poder que estava, até então, restrito ao Ministério Público Federal. Esses juízes esperam que os delegados mantenham uma linha mais dura nas negociações.

A fórmula Vários magistrados elogiaram o formato imposto a Antonio Palocci, que fechou delação com a PF e teve benefícios condicionados à efetividade da colaboração.

Ajudinha As entidades que representam juízes e procuradores trabalham para que a AGU (Advocacia Geral da União) dê parecer favorável a mudanças legislativas que aumentam o salário das categorias e criam um bônus por tempo de carreira. As medidas compensariam a provável extinção do auxílio-moradia.

Mão dupla As associações de magistrados calculam que hoje seis ministros do STF sejam favoráveis ao fim do auxílio. Essas entidades tentam construir acordo segundo o qual a extinção do benefício só seja decretada após garantia de que haverá compensações.

Deixe falar A Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho pediu que o Conselho Nacional de Justiça revogue determinação do corregedor João Otávio de Noronha que vedou manifestação política de juízes nas redes sociais.

Apito final DEM e PP, siglas que capitaneiam o novo centrão, têm dito que só definirão que candidato a presidente vão apoiar após o fim da Copa do Mundo.

Apito final 2 Calendário semelhante será adotado pelo PSB. O presidente da sigla, Carlos Siqueira, disse que só bate martelo entre PT, PDT ou a neutralidade em julho.

Peito de ferro? Jair Bolsonaro (PSL) tem mesmo expressado receio de sofrer um atentado. A tensão é tanta que, eventualmente, ele usa coletes à prova de bala em atos.

Com conteúdo Bolsonaro vai usar uma nova leva de vídeos que prepara para a internet para apresentar esboços de propostas para diversas áreas. Parte da equipe que o auxilia acredita que ele precisa qualificar o discurso para conquistar novos apoiadores.

Cartada final A cúpula do DEM trabalha para convencer José Luiz Datena (DEM-SP) a anunciar sua candidatura ao Senado ainda esta semana.

Tempo urge A equipe jurídica do partido encaminhou a esses dirigentes norma que proíbe emissoras de transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidatos a partir de 30 de junho.

Não em meu nome A profunda discordância entre os advogados que fazem a defesa de Lula se agravou na tarde de sexta-feira (22), quando, consultado, o petista disse que não queria a prisão domiciliar e que não concordava com o pedido.

Não em meu nome 2 Lula já havia manifestado posição semelhante meses atrás. O ex-presidente sustenta sua rejeição à pena alternativa no discurso de que se considera inocente.

Sonho meu A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, se reuniu há alguns dias com Josué Alencar (PR). O empresário mineiro indicou, segundo relatos, que só aceitaria ser vice de um candidato a presidente do PT.

Vida real A dobradinha seria perfeita para os petistas, mas a sigla desconfia que Valdemar Costa Neto, o cacique do PR, cobraria um preço muito alto pela associação.


TIROTEIO

Jair Bolsonaro é uma caricatura do protofascismo. Tudo o que o Brasil não precisa é de mais intolerância e radicalismo

Do deputado Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB, sobre o presidenciável que parabenizou, na Câmara, grupos de extermínio