Empresários vão convocar presidenciáveis; meta é arrancar compromisso com reformas
Siga o dinheiro O grupo de empresários e banqueiros que recebeu Michel Temer em jantar na sexta (15) decidiu convidar candidatos à Presidência para eventos semelhantes. A iniciativa tem como principal motor o medo de que o eleito promova um cavalo de pau na economia, revertendo medidas caras à elite, como a reforma trabalhista. Eles também querem entender a proposta dos presidenciáveis para a Previdência. Os primeiros convites devem ser feitos a Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).
Escrito em pedra Na conversa com Temer, semana passada, os empresários disseram que era preciso dar “senso de realidade” aos pré-candidatos. A meta é buscar um compromisso de que os pilares que interromperam a rota recessiva não serão derrubados pela próxima gestão.
Último suspiro No encontro, cobrado pela derrocada da reforma da Previdência, o presidente citou a discussão do tema na eleição como um legado de sua ofensiva e disse que poderia tentar retomá-la após o primeiro turno.
Então tá Auxiliares de Temer dizem que Henrique Meirelles, o pré-candidato do MDB, tem demonstrado nova disposição para o embate político. Não haveria, assim, mais aresta a ser aparada. Uma conversa com o PSDB se daria só a respeito de segundo turno.
Tudo nosso Entre os auxiliares de Meirelles, discurso semelhante. O ex-ministro da Fazenda, inclusive, incorporou em seu grupo de conselheiros o deputado Beto Mansur (MDB-SP), um ardoroso defensor de Temer no Congresso.
Por que não te calas? A sequência de derrapadas de Ciro Gomes (PDT) alarmou até os mais propensos a apoiá-lo. Um cacique do PP tem dito que “o pior que pode acontecer” com o pedetista “é ele achar que já ganhou a eleição e sair falando bobagem”.
Dei um tempo No Planalto e no PSDB o destempero foi objeto de comemoração. O PP, que foi cobrado por auxiliares de Temer por acenar a Ciro, mandou avisar que não decidirá nada até o fim de junho.
Olha eu aqui Os tucanos, por sua vez, vão intensificar a ofensiva sobre o DEM. Alckmin pretende conversar com Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ACM Neto (DEM-BA) nesta quarta (20).
Barato Alvos da delação da JBS tentam ampliar o leque de suspeitas lançadas pela PF sobre o ex-procurador Marcello Miller. Advogados dizem que a investigação não avançou sobre o fato de que, para delatar, Joesley Batista seguiu roteiro que se tornou a assinatura de acordos fechados por Miller na PGR.
Digitais Joesley, assim como o filho de Nestor Cerveró e Sergio Machado, grampeou ocultamente seus alvos –ambos fecharam acordos sob a coordenação de Miller.
A postos Temer deve encontrar seus advogados nesta semana para tratar do tema. Outros delatados farão o mesmo.
Novelo Na avaliação de ministros do STJ, ao apontar que o promotor Sergio Bruno sabia que Miller iria advogar para a JBS, a PF abriu espaço para ataques a Rodrigo Janot. Bruno era muito próximo ao ex-procurador-geral.
Hermanos Nesta quinta-feira (21), Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai vai a Curitiba para tentar visitar Lula na carceragem da Polícia Federal.
Meus sinais A pessoas próximas, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, deixou claro que não nutre simpatia por uma aliança com o PT. Ao contrário. Sinalizou a Carlos Lupi, do PDT, que, se dependesse dele, o partido iria com Ciro Gomes.
Visitas à Folha Pérsio Arida, economista e coordenador do programa econômico do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB-SP), visitou a Folha nesta terça (19), onde foi recebido em almoço, a convite do jornal.
O general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, visitou a Folha nesta terça (19). Estava acompanhado do general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, chefe de gabinete.
TIROTEIO
Falta indicar quem mandou Miller cometer o crime. Com a jurisprudência do domínio do fato não restam mais dúvidas
Do senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo, sobre o indiciamento do ex-procurador que atuou para a JBS pela PF