Coordenador da campanha de Alckmin busca comando do MDB e prega pragmatismo
Vinde a mim O time de Geraldo Alckmin (PSDB) fez um gesto oficial ao partido de Michel Temer. Alçado à coordenação política da campanha do tucano ao Planalto, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO) marcou um encontro com o presidente nacional do MDB, Romero Jucá (RR). A conversa está pré-agendada para quinta (21). A pessoas próximas, Perillo defendeu pragmatismo nessa etapa da disputa: além de valioso tempo de TV, o MDB tem cerca de mil prefeitos, capilaridade nada desprezível.
Próxima vítima Se os acenos do tucanato ao MDB ganharem corpo, a situação de Henrique Meirelles, hoje pré-candidato do partido de Temer ao Planalto, tende a se agravar. O ex-ministro da Fazenda tenta calibrar o discurso, mas a patinada da economia acabou inflando ala que não vê vantagem em mantê-lo no pleito.
Pé frio Meirelles e Temer assistiram ao jogo de estreia da seleção brasileira, no domingo (17), na residência oficial do presidente, em Brasília.
Um contra todos A campanha de Alckmin intensificou ataques a Jair Bolsonaro nas redes sociais, mas também começou a apontar inconsistências de outros rivais. Um vídeo de eleitores do Ceará declarando que jamais votariam em Ciro Gomes (PDT) para presidente foi repassado com entusiasmo no tucanato.
Morre pela boca Ao chamar o vereador Fernando Holiday (DEM-SP) de “capitãozinho do mato” em entrevista à rádio Joven Pan, Ciro ampliou a aversão de ala do DEM ao seu nome e ainda inflamou os ânimos do MBL, grupo que infiltrou militantes em diversos partidos para disputar a eleição deste ano.
Morre pela boca 2 Integrantes do movimento que estão no DEM não descartam deixar a sigla caso haja acordo com o pedetista. Eles lembram que a Justiça considera justa causa para debandada a “mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário”.
Sigam-me A senadora Ana Amélia (PP-RS), que subiu o tom de seus pronunciamentos com a proximidade da eleição, se somou ao grupo de parlamentares ligados ao MBL. Com isso, poderá participar de eventos, além de garantir um espaço cativo nas páginas do Movimento Brasil Livre na internet.
Coturno com salto A dificuldade do presidenciável Jair Bolsonaro de conquistar o voto feminino fez o PSL ampliar as buscas por candidatas que disputem a postos no Congresso. As policiais militares estão na mira do partido.
Vender caro O PT promete jogar duro para 1) impedir uma aliança entre o PSB e Ciro Gomes e 2) amarrar a sigla ao seu projeto. A ordem é não ceder a acertos só nos estados.
Vender caro 2 A joia da coroa dos pessebistas –o apoio do PT à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB-PE)– só será entregue se a discussão envolver uma coligação em torno de Lula, hoje preso.
Menos é mais Numa tentativa de fazer o fundo eleitoral cobrir as despesas da campanha, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai se reunir com dirigentes estaduais do partido para pedir que eles só mantenham na disputa os nomes considerados viáveis.
Montanha vai a Maomé Candidato a deputado federal pelo PPS, o economista Humberto Laudares (SP) alavancou a arrecadação de sua campanha investindo em uma abordagem direta. Ele levou a maquininha de cartão de crédito para o ato em que lançou seu nome. Conseguiu R$ 12 mil.
Castelo de cartas O indiciamento de Marcello Miller e de Joesley Batista pela Polícia Federal levou advogados de defesa de alvos da delação da JBS a traçarem cenários. Eles acreditam que, com a indicação de que os empresários cometeram crime durante a negociação do acordo, será difícil manter a colaboração de pé.
Brecha Ao isentar Miller de bolar a gravação de políticos, porém, a PF deu a senha para a manutenção das provas contra Temer e Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo.
TIROTEIO
Ciro cometeu crime. O Brasil não é um feudo no qual um destemperado qualquer fala e faz o que bem entende
De Kim Kataguiri (DEM-SP), pré-candidato a deputado, a Ciro Gomes, que chamou Fernando Holiday (DEM-SP) de ‘capitãozinho do mato’