Com brecha do caso Maluf, STF recebe ações para cassar decisão de Fachin contra Lula
Não custa tentar… Enquanto o STF adia o debate sobre a possibilidade de decisões monocráticas de seus membros serem alvo de habeas corpus, avolumam-se na corte recursos desta natureza em favor de Lula. No último dia 9, por exemplo, o ministro Alexandre de Moraes foi sorteado para analisar HC contra a decisão de Edson Fachin de negar, no último sábado (7), pedido para evitar a prisão do petista. A peça não foi feita por um advogado do ex-presidente. O autor é um advogado do Maranhão.
Só no gogó Relator do HC impetrado a favor de Lula, Moraes recebeu na terça-feira (10) a visita de Gilberto Carvalho e Luiz Marinho, aliados do petista, em seu gabinete. A audiência consta da agenda pública do ministro no Supremo. Gilmar Mendes também já esteve com interlocutores do ex-presidente.
Adiante A discussão sobre a faculdade de um ministro para cassar decisão de outro membro da corte está embutida no caso de Paulo Maluf, que está previsto para ser analisado na próxima quarta (18). O debate sobre a soltura de Antonio Palocci dominou as sessões do plenário do tribunal nesta semana.
Carta fora O Ibope, que faz uma pesquisa nacional por mês para consumo interno, decidiu que manterá Lula em um dos quatro cenários pesquisados até agosto. A partir daí, diz Carlos Montenegro, presidente do instituto, o nome dele não será mais levado ao eleitor.
Nosso guia Em circular interna, coordenadores da Frente Brasil Popular avisaram que uma caravana de 20 ônibus sairia nesta quinta (12) de SP para Curitiba, onde o petista está preso. Na mensagem, o aviso: “O espírito é o de acampamento. Tem que levar barraca, roupa de cama, prato e talheres”.
Vai que a onda passa O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), só pretende decidir se vai permitir ou não que senadores incluam “Lula”, “Moro” ou “Bolsonaro” em seus nomes no painel de votação depois que voltar do Japão, dia 22.
Nada sei Mesmo com as explicações do número dois da PGR, Luciano Mariz Maia, a força-tarefa da Lava Jato em SP ficou sem entender a decisão dele de encaminhar à Justiça Eleitoral –e não ao grupo– o inquérito sobre Geraldo Alckmin derivado da delação da Odebrecht.
Fora da sua alçada Alvo da ironia do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que disse nas redes sociais que a remessa do caso de Alckmin à seara eleitoral era “tecnicamente difícil de engolir”, Mariz Maia se limitou a responder que “o processo é sigiloso”. “Ele não tem acesso a dados e fatos documentados no inquérito”, concluiu.
Um profissional Pessoas próximas a Henrique Meirelles se dizem espantadas com a rapidez com que ele ativou seu lado político. Defensor ferrenho da reforma da Previdência quando comandante da Fazenda, o agora ex-ministro já entendeu que o tema impopular não deve ser levantado como bandeira de campanha.
Lar doce lar Meirelles segue convicto de que não deve considerar ser vice na chapa do presidente Michel Temer. Se não se viabilizar como presidenciável, tem dito que pretende voltar a atuar na iniciativa privada.
Um basta O Ministério da Justiça decidiu cobrar uma ação da AGU contra os procuradores que chamaram Michel Temer de “chefe de organização criminosa” após reunião com o presidente no Planalto, nesta quinta (12).
Gasolina com fogo Temer teve que acionar sua brigada de incêndio para contornar a confusão que se instalou após o novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, anunciar decreto que inclui a Eletrobras no plano de privatizações do governo sem avisar o Congresso. A missão é aplacar a irritação do presidente da Câmara.
TIROTEIO
Se Lula tivesse o cunhado acusado de receber dinheiro, seria levado à forca. Alckmin é santo. Não tem jejum no MPF nem piti de general.
DO SENADOR LINDBERGH FARIAS (RJ), líder do PT, sobre o STJ ter remetido inquérito sobre o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) à Justiça Eleitoral.
CONTRAPONTO
Bateu na trave!
Responsável pela filiação ao Podemos de ex-jogadores como Romário e Bebeto, a presidente da sigla, Renata Abreu, se animou quando viu um novo rosto famoso no mundo do futebol no ato de transmissão de cargo de Geraldo Alckmin para Márcio França, semana passada, no Palácio dos Bandeirantes. Decidiu se apresentar:
— Edmundo, tira uma foto comigo? — pediu, referindo-se ao ex-jogador do Vasco.
— Eu não sou o Edmundo, eu sou o Vanderlei Luxemburgo –, respondeu o ex-técnico da seleção brasileira!
A dirigente do partido não se deu por vencida. Tirou sua fotografia mesmo depois da bola fora!