DEM adia decisão sobre alianças em São Paulo para medir rejeição a Doria

Temporada de estudos A direção do DEM deve adiar por mais um mês, pelo menos, a definição do rumo que tomará na eleição para governador de São Paulo. Cortejada pelo candidato tucano, João Doria, e pelo atual governador, Márcio França (PSB), a sigla quer tempo para avaliar a evolução das pesquisas. Os caciques do partido não veem motivo para França, ainda pouco conhecido, dar um salto nas preferências do eleitor agora. Mas precisam entender melhor o que está acontecendo com Doria.

Grama do vizinho O DEM quer examinar o impacto que a insatisfação dos paulistanos com o abandono da prefeitura da capital terá na opinião dos eleitores do interior sobre Doria. O ex-prefeito deixou o cargo após 15 meses de mandato para disputar a eleição.

Peso na balança A legenda pode desequilibrar a disputa no estado. O partido fechou consórcio com o PP e deve decidir junto com ele o que fazer. França, que já conta o apoio de 13 siglas, se tornará figura dominante na propaganda eleitoral se conquistar os dois.

Cabe mais um Doria joga alto para ter o DEM a seu lado. Falou com o ministro Gilberto Kassab (Comunicações), dirigente do PSD, e o convenceu a indicar que pode abrir mão da escolha do vice da chapa tucana se for preciso ceder espaço.

Para ontem França tem cobrado do DEM e do PP rapidez na decisão. Argumenta que a adesão das duas siglas seria um fato político capaz de lhe dar impulso nas pesquisas.

Quinto elemento A possibilidade de Joaquim Barbosa ser candidato à Presidência pelo PSB embaralha os planos paulistas do DEM, que lançou Rodrigo Maia (RJ), mas pode deixá-lo mais à frente para apoiar o tucano Geraldo Alckmin.

Para todos O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz que a eventual candidatura presidencial de Barbosa não será atrelada às alianças da sigla nos estados: “O partido não impõe nada a ninguém”.

Revide Acusado de receber mesada do esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral, o ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame estuda a possibilidade de processar o delator, o economista Carlos Miranda.

Nunca é demais Em memoriais aos integrantes da Segunda Turma do STF, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçará argumentos a favor do entendimento de que o caso do tríplex, que levou à sua prisão, ainda não acabou na segunda instância.

Restam dois Os advogados do petista afirmam que o TRF-4 só terá exaurido sua jurisdição após realizar o exame de admissibilidade dos recursos especial e extraordinário que foram protocolados no tribunal de Porto Alegre.

Foi-se o tempo Eles decidiram insistir na tese depois que o ministro Gilmar Mendes indicou em entrevista à revista Veja que o recurso de Lula que está na turma pode ter caducado. A petição questionava o fato de o TRF-4 ter decretado a prisão do petista sem analisar seus embargos.

Já era O TRF-4 considerou que os embargos visavam apenas adiar a prisão de Lula e já os analisou e rejeitou, encerrando essa fase do processo.

Dia útil Encarregado de destravar a privatização da Eletrobras, o ministro Moreira Franco (Minas e Energia) reuniu a equipe no fim da semana passada para avisar que trabalharia nesta segunda (30), véspera de feriado. “Com quem eu posso contar?”, perguntou.

Para adoçar Acanhado diante da chateação da equipe, o ministro prometeu chocolates para quem comparecer.

De olho O governador Márcio França diz que as mudanças na Desenvolve SP, criticadas por empresários, permitirão que ele acompanhe melhor as ações da agência de fomento sem afetar sua independência. O novo presidente, Álvaro Sedlacek, fez parte da diretoria anterior da instituição.


TIROTEIO

Não estamos discutindo vice neste momento. A dor e a delícia de ser o que é pertence a cada um

De Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB, sobre Henrique Meirelles (MDB) declarar que não será vice de Geraldo Alckmin