Temer não acata sugestão do STF e recusa negociação sobre fronteira em RR

Limite intransponível Michel Temer decidiu não acatar a sugestão da ministra Rosa Weber, do STF, de iniciar uma conciliação com o governo de Roraima. O estado reivindica o fechamento da fronteira para barrar imigrantes venezuelanos. Em reunião nesta quinta (19), o presidente foi convencido de que não há como transigir sobre o tema, sob risco de ser acusado de violação dos direitos humanos e desrespeito a tratados internacionais. O emedebista pediu que a AGU informe o Supremo de sua decisão.

Ato e consequência A defesa de uma posição mais dura do governo partiu do ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, com os suportes do da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do chefe do GSI, general Sérgio Etchegoyen. Se houver fechamento da fronteira, será por decisão de Weber.

Sobrevivente? Deputados que participaram do jantar patrocinado pelo PSD para Geraldo Alckmin (PSDB) ficaram com a impressão de que o tucano aposta na “teoria do resta um”. Durante a conversa, o presidenciável disse acreditar que muitos dos nomes que aparecem hoje como opção “ficarão pelo caminho”.

Carapuça Sem citar Joaquim Barbosa (PSB), Alckmin lembrou exemplos de fenômenos eleitorais que morreram na praia e arrematou pregando que, ao final, o eleitor optará por perfis consistentes.

Senhor do tempo Integrantes do PSB apostam que, assim como fez com a filiação, Barbosa vai postergar o anúncio de eventual candidatura até o limite. O ex-presidente do STF disse que quer aguardar novas pesquisas –a sigla encomendou levantamento que apresenta não só o nome, mas também a foto dele.

Verão passado O histórico de Barbosa faz pessebistas terem medo de reviver o drama de 2014, quando Marina Silva assumiu a candidatura da sigla sem que o partido tivesse qualquer controle sobre ela.

Tarda O inquérito que investiga Geraldo Alckmin e desceu do STJ para o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) ainda não chegou à nova corte. A Força-Tarefa da Lava Jato no estado aguarda o desembarque do processo para decidir se vai pedir o compartilhamento das informações.

Ganha, mas não leva A cartada lançada por Edson Fachin para impedir que o STF discutisse a autorização de habeas corpus sobre ato de ministro, nesta quinta (19), não elimina o impasse. Um ministro da corte avalia que, sem decisão, cada um seguirá julgando como quiser, obrigando o plenário a, em breve, se deparar novamente com o tema.

Sujeito oculto A prisão de Lula não interrompeu o trabalho de Fernando Haddad (PT), responsável pela formulação do programa de governo do partido. Apontado como possível substituto do ex-presidente na corrida pelo Planalto, o ex-prefeito tem dito que não faz outra coisa além de formular propostas.

Pombo-correio A sigla discute como levar a versão atualizada do plano até Lula. As opções: carta, via Gleisi Hoffmann ou mesmo advogados.

Por que não eu? Não é só o PSDB que torce para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desista de ser candidato e libere a legenda para compor alianças. Álvaro Dias (Podemos-PR) esteve recentemente na residência do deputado, em Brasília.

Devagar, devagarinho Maia não tem pressa. Ficará como está, ao menos, até junho.

O riquinho Em evento na quarta (18), em SP, Flávio Rocha, pré-candidato à Presidência do PRB, declarou que pretende pagar a campanha inteira do próprio bolso, sem usar dinheiro público.

O riquinho 2 “Inicialmente achei que isso soaria como uma candidatura solitária, mas tenho me sentido respaldado pela opinião pública. Então não, não vou usar dinheiro do fundo partidário. Posso pagar minha campanha“, disse.


TIROTEIO

Se os 50 deputados que apoiam Jair Bolsonaro visitassem a história veriam que esse tipo de filme termina com perda de mandato e fechamento do Parlamento.

De Manuela D’Ávila, pré-candidata do PC do B à Presidência, sobre o rival do PSL ter, segundo aliados, obtido apoio de 10% da Câmara.