Delegado que pediu transferência de Lula é admirador de Bolsonaro

Com quem andas? O presidente do Sindicato dos Delegados da PF do Paraná, Algacir Mikalovski, criou polêmica na corporação ao pedir a transferência de Lula da superintendência do órgão em Curitiba alegando “risco à população”. Colegas do delegado lembram que ele tem fotos com Jair Bolsonaro. Em uma das imagens, de 2016, o policial aparece ao lado do presidenciável em um ato que comemorava a abertura de investigação sobre o petista na 24ª fase da Lava Jato, batizada de Aletheia.

Meu passado A página de Mikalovski nas redes sociais tem postagens críticas ao ex-presidente. O delegado foi candidato a deputado estadual pelo PRB em 2014 e a vereador, em 2016, pelo PSDC.

Revezamento A direção do PT definiu que a cada 15 dias um estado ficará responsável por manter cheio o acampamento em frente à superintendência da PF. Desta quinta, dia 12, até 24 de abril, a tarefa será dos paulistas.


Fake news O PT identificou que estão divulgando contas bancárias de terceiros na internet como se fossem a criada pela sigla para a vaquinha virtual que vai pagar as despesas do acampamento pró-Lula. A legenda decidiu fazer forte campanha para propagandear a conta oficial.

O enviado Em romaria, Luiz Marinho (PT), ex-prefeito de São Bernardo do Campo, esteve com ministros do STF e do STJ nos últimos dois dias, em Brasília. À última corte caberá a análise de recurso especial que será apresentado pela defesa de Lula.

Malas prontas No fim do governo, Michel Temer vai despachar dois auxiliares diplomatas para o exterior. O chefe do cerimonial, Pompeu Andreucci, vai para Madri. O porta-voz, Alexandre Parola, para Genebra, na OMC.

Urge Integrantes do STF querem usar o adiamento da análise do caso de Paulo Maluf para criar onda contra a autorização de habeas corpus sobre decisão de ministro, ato que, na prática, daria a um membro da corte o poder de cassar a decisão de outro.

Ponta solta? José Geraldo Casas Vilela, que foi preso junto com Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, não foi levado para presídio, como o ex-chefe. Ele está detido na carceragem da PF em São Paulo, o que deixou pessoas próximas ao ex-diretor da Dersa de orelha em pé.

Nada consta A defesa de Vilela diz que ele ficou na PF porque não havia cela especial no Centro de Detenção Provisória. Os advogados informam que ele não tem qualquer disposição em delatar porque não cometeu crime.

Fronteira Geraldo Alckmin recusou convite do PSDB paulista para acompanhar o João Doria (PSDB) em agenda como pré-candidato ao governo na cidade de Bauru, no sábado (14). O agora ex-governador diz que já viajou muito por São Paulo e precisa ir para outros locais do país.

Apoio virtual Para compensar a ausência, Alckmin vai enviar um vídeo com mensagem à militância.

Cofrinho O DEM prevê gastar cerca de R$ 1 milhão até o fim de julho com a pré-campanha presidencial de Rodrigo Maia (RJ). A estimativa cobre gastos com comunicação, deslocamento e eventos. No primeiro mês, calcula ter desembolsado R$ 150 mil.

Tem para todos Presidente do DEM, ACM Neto estima que a legenda vai receber R$ 90 milhões do fundo eleitoral. Somando o valor ao saldo acumulado pela sigla, os democratas terão, ao todo, até R$115 milhões para financiar a campanha.

Os outros Alvos da delação de Joesley Batista veem a ação que o dono da JBS abriu nos EUA contra o escritório Trench Rossi Watanabe como parte de um enredo no qual o empresário tenta responsabilizar a banca e os defensores que fizeram sua colaboração pela participação do ex-procurador Marcello Miller.


TIROTEIO

O pedido dos petistas para inserir ‘Lula’ em seus respectivos nomes parlamentares se trata de evidente apologia ao crime.

DO DEPUTADO ARTHUR MAIA (DEM-BA), sobre integrantes do PT que pediram à Câmara e ao Senado para serem identificados com o sobrenome do ex-presidente.


CONTRAPONTO

Manter a minha fama de mau

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) conduzia audiência pública sobre o Sistema S na Comissão de Fiscalização e Controle quando passou a palavra ao vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio, Adelmir Santana. Iniciou um apelo para que ele ficasse atento ao tempo de fala quando foi interrompido:

— Senador, ouvi atentamente as exposições que extrapolaram o tempo determinado. Quero o equivalente.

Ataídes concordou, mas Santana provocou:

— Vossa excelência já queria me tolher…

— Não, imagine! — rebateu o tucano.

— Tenho que vender meu peixe também! — concluiu.