Em nova versão de carta ao povo, Lula defenderá fim do teto dos gastos públicos
Meia volta, volver No manifesto em que pretende apresentar sua plataforma eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderá o fim do teto dos gastos públicos, que congelou despesas federais por 20 anos para tentar equilibrar as contas do governo. O tom será oposto ao da Carta ao Povo Brasileiro de 2002, quando se comprometeu com o equilíbrio fiscal para ganhar a confiança dos investidores. “Agora vamos radicalizar, indo à raiz dos problemas”, disse Lula a aliados num encontro recente.
Nosso alvo O foco da nova carta será o combate à desigualdade, dizem os petistas. Esta seria a chave da proposta para atacar os desequilíbrios da Previdência e promover mudanças no sistema tributário, desonerando os mais pobres e aumentando os impostos dos mais ricos.
Espere o juiz Ainda não há data para divulgar o documento. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgará em breve recursos de Lula contra sua condenação e poderá mandar prendê-lo em seguida. O ex-presidente também quer usar a carta para expor sua visão sobre os processos que enfrenta.
Com calma Dirigentes do PT começaram a discutir como lidar com a reação da militância do partido a uma possível prisão de Lula. Petistas afirmam que tudo vai depender do grau de participação popular em eventuais manifestações. A ordem é não assumir riscos se não houver adesão em massa.
Ocupar e resistir Entre as propostas em discussão está a possibilidade de militantes do PT e de movimentos sociais ligados à sigla cercarem o local em que o ex-presidente estará para dificultar o acesso da polícia. Outra ideia é formar cordões humanos nas ruas para paralisar o trânsito das grandes cidades.
Para cima deles Integrantes da cúpula do PDT têm pressionado os petistas nas negociações para formação de palanques estaduais. Querem garantir o apoio a Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial para o caso de Lula ficar fora das eleições.
Homem a homem Dirigentes do PDT conversaram com os governadores petistas Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI) e o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Luiz Marinho. O presidente da sigla, Carlos Lupi, viu Lula há uma semana. Foi o segundo encontro neste mês.
Lista de desejos A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta nesta terça (20) a agenda do setor para discussão no Congresso neste ano. A entidade incluiu entre suas prioridades projetos que ampliam incentivos fiscais nas regiões Norte e Nordeste e criam benefícios para micro e pequenas empresas.
Tente novamente A CNI pretende acompanhar 129 projetos de lei em discussão no Congresso. Na lista dos 14 definidos como mais urgentes, permanecem propostas deixadas de lado pelo governo e seus aliados em 2017, como as reformas da Previdência e do sistema tributário.
Olha eu aqui No almoço da bancada do MDB na Câmara, semana passada, em que deputados defenderam a candidatura própria ao Planalto, até o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) colocou seu nome à disposição para a disputa caso o presidente Michel Temer não queira concorrer à reeleição.
A banda passou Aliados do prefeito João Doria (PSDB) dizem que sua vitória nas prévias neste domingo (18), com mais de 80% dos votos, mostrou que o governador Geraldo Alckmin jogou fora uma boa chance de compartilhar do resultado ao se manter neutro na disputa interna.
Mesma moeda Secretário de Transportes de Fernando Haddad (PT), Jilmar Tatto diz que os petistas contrários a sua candidatura ao Senado agem como tucanos ao criticar sua gestão. “Há no PT uma ala retrógrada como a que o PSDB representa.”
TIROTEIO
Caluniar sua história e desconsiderar a investigação é tentar assassiná-la outra vez, fazendo torpe apologia da impunidade.
DE CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), sobre a divulgação de notícias falsas a respeito de Marielle Franco, como as que associam sua eleição à facção Comando Vermelho.
CONTRAPONTO
Galã por um dia
No almoço do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na fazenda do prefeito em exercício de Catolé do Rocha (PB), seu parente Laurinho Maia (DEM), as cozinheiras ficaram encantadas com o líder dos democratas na Câmara, Rodrigo Garcia (SP). Pediram que uma das convidadas descobrisse quem ele era e tirasse uma foto.
— Mandaram eu perguntar quem era o bonitão — disse ela ao parlamentar.
Garcia, fingindo que não era com ele, respondeu:
— Aquele é o Rodrigo Maia…
— Mas é de você que estou falando — emendou ela.
— Sou o outro Rodrigo, o Garcia, de São Paulo…
RICARDO BALTHAZAR (interino), com THAIS ARBEX e JULIA CHAIB