Por indulto, defensoria envia duas mil cartas de presos a Cármen Lúcia

Papel passado A Defensoria Pública da União enviou nesta quinta (8) à ministra Cármen Lúcia 12 caixas com 2.331 cartas de presos que “clamam por indulto“. A remessa foi encaminhada pelo defensor nacional de direitos humanos, Anginaldo Oliveira Vieira.

Atrás do muro Em uma delas, um detento alega que há 17 presos dividindo oito camas, e que a comida é fornecida em quantidade insuficiente. Em outro relato, um interno diz sofrer agressões e afirma que a unidade prisional se nega a prestar atendimento médico por falta de escolta e de remédios.

Navio negreiro No ofício que acompanhou o malote, Oliveira diz que “restringir o direito ao indulto, ou suspendê-lo, é infligir maior castigo a quem já é jogado num ambiente de doenças e morte e tenta sobreviver um dia após o outro”.

Não quer calar E questiona a ministra: “Se um preso com direito a indulto é morto na cadeia, quando já deveria estar fora dela, de quem é a culpa?”. Na terça-feira (6), Luís Roberto Barroso liberou a ação que suspendeu parcialmente o indulto para ser julgada no plenário do Supremo.

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