Em nome de aliança nacional pró-Alckmin, tucanos admitem apoio a Márcio França na sucessão em SP
Dar para receber A articulação para entregar a coalizão de Geraldo Alckmin a apenas um candidato em São Paulo subiu de patamar. Agora, secretários de Estado filiados ao PSDB admitem que é importante ter apenas um nome que defenda o legado do governador –e apontam o vice dele, Márcio França (PSB), como opção. A jogada é decisiva para que o tucano, pré-candidato à Presidência, consiga atrair o PSB para o seu palanque nacional, mas enfrenta forte resistência entre deputados da sigla.
Sem dó As conversas sobre a sucessão em SP deslancharam após França dizer a Alckmin que, se o PSDB não o apoiar, ele não se furtará em desalojar os tucanos e usar a estrutura do Palácio dos Bandeirantes para organizar o time de aliados que estará com ele na eleição. França assume o governo em abril.
Desprendido Secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, escolheu um jornal de Peruíbe (SP) para dizer que França deve ser visto como opção pelo PSDB. Tucano, ele havia se colocado como pré-candidato à sucessão do governador paulista no ano passado.
Vai ou fica? Para pressionar ainda mais o PSDB, França trabalha para anunciar até o fim deste mês o apoio de três legendas à sua candidatura. Recentemente, ele teve conversas com siglas como o PC do B e o Solidariedade.
Só tem tu O senador Antonio Anastasia (PSDB), que já disse estar decidido a não concorrer ao governo de Minas, será pressionado a repensar sua posição. Em política, diz um aliado do tucano, não se faz só o que quer, mas também o que é preciso.
Na trave A Rede se esforça para convencer o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, a sair candidato ao governo do Rio.
Pasárgada O presidente Michel Temer está animado com sua ida a Davos por causa da quantidade de audiências pedidas por multinacionais. O número de solicitações foi tão grande que sua equipe decidiu fazer um pente-fino.
Chega de surpresa Disposto a evitar ao máximo mais sobressaltos à empreitada de Jair Bolsonaro, o PSL decidiu contratar um serviço de compliance para auditar todas as doações que forem feitas para a campanha do deputado presidenciável.
Vamos todos Integrantes do Livres que ainda presidiam oito diretórios estaduais do PSL e cogitaram permanecer na sigla mesmo após a entrada de Bolsonaro decidiram deixar a legenda neste sábado (13). Relutaram pois havia temor de acusações de infidelidade partidária.
Atração fatal O senador Magno Malta (PR-ES) segue com forte apoio entre os principais aliados de Bolsonaro para ser o candidato a vice.
Alvo favorito A defesa de Lula passou os últimos dias definindo a linha de argumentação que vai apresentar no julgamento do ex-presidente no TRF-4. O juiz Sergio Moro não vai escapar de ataques. Os advogados deram indicações de que devem reafirmar que ele não tinha competência para tocar o caso.
Da tua boca A tese contra Moro é baseada na alegação de que, ao admitir que o tríplex supostamente reformado para Lula não tem vínculo com contratos da Petrobras, o magistrado abriu uma avenida para a acusação de que não era juiz natural do caso.
Da tua boca 2 A defesa de Lula se sustenta no trecho de uma resposta de Moro, de julho de 2017, a questionamento sobre a condenação do ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesse processo.
Queima a língua O pedido do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., para que o governo federal enviasse reforços no dia do julgamento do petista irritou as forças de segurança locais, que não viram qualquer caráter técnico na solicitação.
TIROTEIO
Bolsonaro será tratado como gente grande. Sentirá o rigor e a vigilância destinados aos demais candidatos. Acabou o recreio.
DO CIENTISTA POLÍTICO CARLOS MELO, professor do Insper, sobre a lupa que será imposta a Jair Bolsonaro (PSC-RJ) com a aproximação das eleições.
CONTRAPONTO
Um discurso eletrizante!
Em dezembro passado, a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) presidiu debate na Comissão de Assuntos Sociais sobre assédio sexual, moral e psicológico. Uma das convidadas, Luiza Cruz, da ONG Ultra (União Libertária de Travestis e Mulheres Transexuais), disse que transexuais e travestis sofrem de saída com a falta de acesso ao mercado de trabalho. Marta aplaudiu.
— Agora não vai chorar! — disse a senadora.
— Não! Nossa, quantos elogios! Quero só agradecer. Estou levando choque aqui…
Marta não entendeu.
— Sério! Está dando choque! — explicou apressada.