Reforma da Previdência de São Paulo deve ficar para 2020, admitem líderes
Líderes de partidos na Assembleia de São Paulo já admitem que a reforma da Previdência proposta por João Doria (PSDB) deve ficar para o ano que vem. O atraso, causado por decisão judicial, prejudica os planos do governo, que queria aprovar logo as mudanças.
Os aliados do governador lamentam a demora e temem que a votação seja contaminada com a eleição municipal, além do tempo maior para a mobilização de servidores públicos contra a proposta.
A avaliação de que a votação ficou para fevereiro é feita tanto entre apoiadores das mudanças na aposentadoria como entre opositores da reforma.
Isso porque o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, deu cinco dias para manifestação das partes em ação proposta pelo PT e que suspendeu a votação do tema.
O deputado Emídio de Souza (PT), que é contra a reforma, deve dar sua manifestação apenas no fim do dia 19, horas antes do Judiciário entrar em recesso. Os parlamentares acreditam ser improvável que haja decisão durante o plantão judicial.
Cronologicamente, ainda daria tempo de votar a reforma neste ano se uma decisão favorável saísse antes da noite de segunda (16), mas governistas acham esse cenário improvável.
A Assembleia, comandada pelo tucano Cauê Macris, aliado de Doria, esperava deliberação rápida do Tribunal de Justiça, onde Emídio entrou com ação na sexta (6) propondo a paralisação da tramitação e obteve sucesso.
Como o TJ não correspondeu, Macris recorreu ao STF, que também frustrou a expectativa dos tucanos.
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