Maia e Alcolumbre retiram barreiras à rediscussão de prisão em segunda instância; esquerda e centro reagem
Sem retaguarda Os presidentes da Câmara e do Senado decidiram retirar as barreiras de contenção aos projetos que pretendem retomar a prisão após condenação em segunda instância depois que o ministro Dias Toffoli, do STF, ressaltou que não vê o tema como cláusula pétrea.
Ranger de dentes O movimento de Toffoli ampliou a pressão sobre os parlamentares. Integrantes do DEM reclamaram de cobranças nas redes e, em grupos de WhatsApp, chegaram a dizer que poderiam deixar a sigla caso Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) não pautassem o assunto no Senado e na Câmara, respectivamente.
Cordão humano Com Maia e Alcolumbre sob forte pressão, integrantes do centro e da esquerda vão agir para blindar os dois presidentes. Na Câmara, esse grupo diz que a chance de a prisão em segunda instância ser aprovada é menor.
No papel Integrantes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara calculam 24 dos 66 votos favoráveis à prisão em segunda instância. O resto é incerto.
Passa boi… Senadores que articulam a prisão em segunda instância querem engatar, na sequência, a votação de proposta que estabelece mandato para ministros do STF. Simone Tebet (MDB-MS), presidente da CCJ nesta Casa, quer discutir o tema ainda neste mês.
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