Agente da PF informou soltura a Lula; ‘Eu precisava disso’, disse petista após rever militância
Aqui me tens de regresso “Deu certo”. Foi assim que um agente da Polícia Federal anunciou a Lula e aos que aguardavam com ele, na carceragem, a decisão sobre o pedido de soltura. O ex-presidente não chorou, mas, emocionado, repassou itens que não podia deixar para trás, como os remédios. Despediu-se dos policiais que vigiavam sua porta e recebeu o abraço de uma funcionária do superintendente da PF. Do lado de fora, depois de tomar contato com a militância, desabafou: “Me deu muita força. Eu precisava disso”.
Que rei sou eu Há forte expectativa sobre o discurso de Lula neste sábado (9), em São Paulo. Ele fez uma fala à militância logo após deixar a prisão a pé e, depois, veiculou uma segunda mensagem, nas redes sociais, quando estava dentro do carro a caminho de SP. Emitiu recados distintos nas aparições.
Oito ou oitenta No palanque, aos apoiadores, Lula repetiu ataques ao que chamou de “ala podre” da Polícia Federal, da Justiça, do Ministério Público e também à TV Globo. Já no vídeo que distribuiu nas redes, adotou tom ameno. Disse que não queria “falar mal de presidente, mal de ministro”. “Quero é falar bem do povo.”
Fósforo e gasolina Políticos de diferentes campos acompanharam a fala do ex-presidente exibida nas TVs —e não celebraram. “Se ele quer tocar fogo no país, está no caminho certo”, disse um emedebista. “Em clima de normalidade, Jair Bolsonaro é um rei nu. Em clima de conflito, ninguém quer saber se ele está de roupa ou não. A guerra releva tudo.”
Timing Grupos de direita que estavam se descolando do presidente Jair Bolsonaro já avaliam que a soltura de Lula vai acabar restringindo o espaço de crítica ao governo. É como se, “com o inimigo vivo de novo”, todos fossem obrigados a realinhar esforços.
A coluna Painel agora está disponível por temas. Para ler todos os outros assuntos abordados na edição deste sábado (9) clique abaixo:
Bolsonaro pediu cautela em comentários sobre STF; presidente quer evitar polêmica
Reforma administrativa ‘é a carne de pescoço’ do pacote pós-Previdência de Guedes, dizem senadores