STF e Congresso dizem que aceno dos Bolsonaros a autoritarismo ultrapassa bravata, mas não veem apoio para manobra
Querer não é poder Dirigentes de partidos e integrantes de cortes superiores já reconhecem que os repetidos acenos do clã Bolsonaro a práticas autoritárias ultrapassaram o terreno da bravata. Há, porém, no Congresso e no Supremo, a avaliação de que, hoje, a família não dispõe de mecanismos para efetivar uma manobra antidemocrática. Tanto o STF quanto o Parlamento mantêm contato com as Forças Armadas. O apoio restrito a um terço da população também é visto como limitador a uma manobra radical.
Não por falta de aviso O ministro da Defesa e o secretário de Governo de Jair Bolsonaro, ambos generais do Exército, foram acionados por ministros do Supremo nesta semana após a publicação de vídeo na rede social do presidente que equiparou a corte a uma hiena. Os dois manifestaram descontentamento com o gesto do chefe.
Vai que cola O fato de a família Bolsonaro ter feito, nos últimos dias, repetidas ofensivas e recuos sobre as instituições despertou no Congresso e no STF a percepção de que ela está “tomando o pulso”, sentindo a recepção das redes e da imprensa a esses atos.
TIROTEIO
Defender ruptura institucional é o oposto de ser conservador. Eduardo não passa de um Che Guevara com sinal trocado
Do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), sobre o filho de Bolsonaro ter dito que novo AI 5 poderia ser resposta à “radicalização da esquerda”
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