Partido de Bolsonaro manifesta repúdio a ‘esta tentativa de golpe ao povo brasileiro’

A direção nacional do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, emitiu nota na qual, “com veemência”, diz repudiar “integralmente qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários”.

“A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável”, diz o texto, editado após fala na qual Eduardo Bolsonaro, o 03, disse em entrevista a Leda Nagle que um “novo AI 5” poderia ser uma resposta à eventual radicalização da esquerda.

“O Brasil demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes, a um custo altíssimo, tanto para o Estado quanto para as vítimas do regime transitório”, salienta o texto, que também faz uma defesa do trabalho da imprensa.

“Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo. O PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais.”

A nota é fechada em tons fortes: “Em nosso partido, a democracia não é negociável. Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro”. Quem assina o texto é o presidente da legenda, Luciano Bivar, que trava uma batalha pelo controle do partido com Jair Bolsonaro.