Governo quer marcar 300 dias de gestão Bolsonaro com pacote pró-emprego
Nova cartada A equipe econômica corre para arrematar os detalhes do pacote de promoção do emprego que será lançado pelo governo. Motivo: o Planalto quer apresentar as medidas para responder à elevada taxa de desocupação, um dos principais gargalos do país, no dia 1º de novembro, quando Jair Bolsonaro completará 300 dias de administração. Pelo desenho que está na mesa, o programa será composto por 15 ações voltadas para diferentes públicos, desde jovens até empresários.
Receituário Além de medidas para estimular o primeiro emprego, ampliar a concessão de microcrédito e a reabilitação de profissionais, há previsão de proposta que permita que empresas acessem recursos bloqueados em depósitos judiciais desde que apresentem fiança bancária.
Fermento Só com essa última jogada, o time de Paulo Guedes (Economia) estima que cerca de R$ 65 bilhões voltariam a circular na economia.
Passei por aqui Auxiliares de Guedes começaram a discutir uma proposta de mudança profunda na lei de desestatizações. A ideia é deixar o novo marco como uma espécie de legado da gestão atual.
Pesque e pague Os estudos ainda estão em estágio embrionário, mas a intenção é alterar o status das estatais, que passariam todas a serem consideradas como passíveis de venda. Para que permanecessem sob o controle do governo, seria preciso justificar sua eficácia enquanto empresas públicas.
Meu tempo é quando O plano inverte a lógica atual –hoje é preciso autorização do Congresso caso a caso para privatizar. A avaliação da necessidade de manutenção do mando público sobre as empresas seria feita a cada dois anos nas estatais dependentes do Tesouro Nacional.
Com garfo e faca O divórcio litigioso do presidente Jair Bolsonaro da direção de seu partido, o PSL, fez líderes de centro apostarem num governo cada vez mais escorado em duas legendas: o MDB, para a articulação política, e o DEM, que controla a cúpula do Congresso.
Era doce e se acabou Outra aposta que se consolidou em Brasília é a de que a briga no PSL acabou liquidando as chances de a legenda repetir em 2020, nas eleições municipais, o desempenho que teve em 2018, quando promoveu um “tsunami de direita”.
Para cima A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) já elaborou a representação por quebra de decoro parlamentar entregará ao Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro, líder do PSL.
Para cima 2 Joice alegará que o deputado fez “ataques sujos e preconceituosos”, a difamou e acionou uma “gangue virtual” para atacá-la. Recentemente, Eduardo disse que a parlamentar está “tresloucada” e “caindo no ridículo”.
Vida real A Defensoria Pública do Rio vai intensificar na próxima semana campanha de combate à afirmação de que o eventual fim da prisão em segunda instância não afetará os mais pobres. O órgão mira, principalmente, ministros do Supremo que se apoiaram em tal argumento.
Meu caminho “A gente quer quebrar o mito de que o STF é elitizado, como se os processos que tramitam na corte fossem só de colarinho-branco e nenhuma ação da defensoria chegasse lá”, diz Pedro Carriello, defensor público do Rio.
Pela ordem Algumas peças da campanha estão prontas. Elas destacam que “defensorias têm ótima taxa de êxito no julgamento dos tribunais superiores” e questionam: “se todos são inocentes até que se prove o contrário, como existem mais de 300 mil pessoas presas sem condenação?”.
Logo ali Condenado pelo STF a 14 anos e 10 meses de prisão, Geddel Vieira Lima pode progredir de regime por ter cumprido 1/6 da pena antes do Carnaval de 2020. Ele foi preso preventivamente em setembro de 2017, tendo cumprido, portanto, quase 25 meses de pena antes do veredito.
O que ela uniu “Irmã Dulce, a Santa dos Pobres”, de Graciliano Rocha, produziu um quase milagre. O tucano José Serra (SP) posou com o livro nas mãos ao lado da mulher de Jaques Wagner, Fátima Mendonça, que também carregava um exemplar da obra.
TIROTEIO
A hipótese de um delegado deixar o caso por receio de perseguição é muito ruim. Precisamos de transparência
Do deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), sobre o pedido do delegado que investiga o laranjal do PSL em Minas para mudar de área