Supremo cobra reação enfática e de ofício da PGR e da PF a declarações de Janot

Ministros do Supremo Tribunal Federal entraram em campo nesta sexta (27) para cobrar uma dura reação da Procuradoria-Geral da república e da Polícia Federal à revelação de que Rodrigo Janot, ex- comandante do Ministério Público Federal, foi à corte armado planejando assassinar Gilmar Mendes.

Para integrantes da corte ouvidos pelo Painel, o episódio, relatado em detalhes pelo próprio Janot em entrevistas, revela que os “pedidos de proteção institucional ao STF não foram atendidos” e que, a essa altura, “Janot não só confessa ter urdido uma tentativa de assassinato, como estimula outros a cometerem atos violentos contra os magistrados”.

Dois integrantes da corte foram enfáticos ao afirmar que PGR e Polícia Federal deveriam agir de ofício, ou sejam sem que fosse necessária provocação da corte ou do próprio Mendes. Eles dizem que a trama de Janot poderia ser vista como um atentado à segurança nacional e das instituições.

Há ainda forte movimento para que “duríssimas providências” sejam tomadas no inquérito movido na corte, para a apuração de fake news e ameaças contra seus membros. O titular da ação é o ministro Alexandre de Moraes.

Ainda nesta sexta, a colunista Mônica Bergamo, da Folha, mostrou que Mendes encaminhou ofício a Moraes solicitando uma tomada de providências contra Janot. Entre as medidas estudadas estão a suspensão do porte de armas do ex-procurador e a proibição de seu ingresso no STF.

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